BARRA MANSA
O ano letivo começou de forma indesejada para alunos que cursam o ensino médio no Ciep 493, Professora Antonieta Salinas de Castro, localizado no bairro Vista Alegre, em Barra Mansa. Em novembro do ano passado a escola, que pertence à rede estadual, sofreu um apagão e o abastecimento da energia elétrica, mesmo após as férias, não foi normalizado. Isso vem provocando diversos transtornos para os estudantes.
Devido à falta de luz, além de terem aulas apenas no período de duas horas, por dia, eles também estão privados da merenda fornecida pela escola, de utilizarem os ventiladores e de consumirem a água dos bebedouros. A atendente Aline Mara Abrantes, de 46 anos, é mãe de um aluno de 14 anos, que está cursando o primeiro ano do Ensino Médio, e entrou em contato com o A VOZ DA CIDADE para denunciar o caso e cobrar da Secretaria de Estado de Educação alguma solução. “Nós, mães, estamos fazendo um movimento para tentar resolver o problema, porque é impossível as crianças saírem de casa para assistirem apenas duas horas de aula, no escuro. Esse Ciep é uma referência, uma escola boa, com altos índices de aprovação, e alguma coisa precisa ser feita. Eu tirei meu filho de uma escola particular para colocar lá, onde ele estudaria em período integral, fazendo curso do Senai pela manhã e as aulas do Ensino Médio a tarde. Espero que tudo se resolva o quanto antes”, disse.
A estudante de 17 anos, do terceiro ano do Ensino Médio, que preferiu não se identificar, relatou que a escola está sem luz desde o dia 18 de novembro e que todas as documentações, relatando sobre o problema, já foram enviadas para a Seeduc. Ela, que deveria estudar no período integral, das 7 às 16h30min, está permanecendo na sala de aula apenas no horário de 9h30min às 11h30min. “Eles não tomam providências para arrumar e isso acaba prejudicando os alunos. Estamos tendo só duas horas de aula porque não tem condições da gente ficar na escola com esse calor, no escuro e porque até a água está quente. Não tem como fazer a merenda e com isso não dá para manter a gente na escola. Nós já nos prejudicamos no final do ano passado, perdendo muitas matérias essenciais e, agora, nós vamos perder no começo e isso vai atrapalhar o nosso desempenho nos preparativos para o Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM)”, lamentou a aluna.
O A VOZ DA CIDADE entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação para informar sobre a queixa dos pais e alunos, devido a falta de luz no Ciep 493. Por meio de nota, enviada pela assessoria de comunicação, a Seeduc informou que foi iniciado, após a abertura do exercício financeiro do estado, o trâmite para vistoria técnica e montagem de processo para contratação de empresa especializada na realização dos serviços. A previsão é que o serviço tenha início na próxima semana.
Ainda na nota, a Seeduc lembrou que, nestas ocasiões, são tomadas medidas de caráter pedagógico, como aulas remotas e reposição de dias letivos, de forma a mitigar possíveis prejuízos aos alunos das escolas afetadas.