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Pai fala sobre morte da filha e pede que justiça seja feita

Por Mônica Vieira
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BARRA DO PIRAÍ

Mônica Vieira

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Em entrevista ao jornal A VOZ DA CIDADE na tarde desta sexta-feira, 25, Anderson Quintanilha, 31 anos, pai da pequena Júlia Laport, de 10 anos, falou sobre a morte da filha, seu desejo por justiça e como fica a situação dos seus outros três filhos, de 12, sete e seis anos, com Cristiana de Oliveira Laport, de 28 anos. Ele já contou que a filha morreu, mas não explicou que a mãe está sendo investigada como suspeita do crime. Cristiana foi presa nesta semana (dia 22) junto com o namorado, Carlos Ramon Manuel, de 20, em Barra do Piraí, após a polícia ter encontrado um corpo dentro de uma mala, no dia 21, em Ipiabas. Cristiana teria assumido na delegacia que o corpo é mesmo o da filha e que o ocultou por cerca de seis meses, porém, os motivos e o que teria acontecido com Júlia ainda seguem em sigilo na 88ª Delegacia de Polícia (DP).

Segundo Anderson, ele foi casado por 12 anos com Cristiana e se separou há cerca de dois anos. “Nos separamos pelo desgaste do casamento e cada um optou por seguir sua vida. Pedi para ficar com as crianças, mas ela insistiu em continuar com eles e foi morar com a mãe no Centro. Há poucos meses, acabou se mudando para Ipiabas, quando as coisas começaram a complicar”, comentou Anderson, dizendo que quando casados, Cristiana era uma boa mãe, mas percebia um pouco de frieza com Júlia. “Ela não era agressiva, pelo menos na minha frente. Não ocorria nada que pudesse na época desconfiar dela. Não batíamos neles em nenhum momento. Também nunca fui violento com ela”, assegurou.

EXPLICANDO MEDIDA PROTETIVA

Em um dia de visita, em maio ou junho deste ano, Anderson não soube precisar, ele foi até a casa dos filhos e percebeu que Cristiana estava inquieta. “Parecia que ela queria esconder algo de mim. Notei a Júlia muito coberta e em uma oportunidade, levantei o cobertor e me espantei em ver o quanto ela estava magra, até mesmo desnutrida. Tinha aspecto de não estar sendo cuidada direito”, disse o pai, que questionou a ex-mulher se ela estava cuidando direito da filha, a levando nas consultas no Rio de Janeiro e em Barra do Piraí. “Ela se alterou muito nesse dia e também em outro momento, quando eu soube que meu filho estava indo sozinho de ônibus de Ipiabas para o Centro de Barra do Piraí. Na ocasião, ela disse que não era para eu me meter”, disse.

Nesse dia em que Anderson percebeu o quanto a filha estava fraca, ele saiu da casa de Cristiana avisando que iria ao Conselho Tutelar. Mas ela, segundo ele, disse que se o fizesse, iria na delegacia fazer uma queixa contra ele. “Fui ao Conselho Tutelar e informei tudo o que estava acontecendo, inclusive a ameaça dela em me denunciar. Porém, quando intimado pela delegacia já fui informado da medida protetiva, avisando que eu não poderia me aproximar dela”, lembrou.

A partir daí, Anderson começou a ter dificuldades em encontrar as crianças. “A princípio, ela não permitiu que eu encontrasse eles durante meses e no final do ano agora, consegui pegar meus dois filhos para passar a virada comigo. Quando fui deixá-los em casa, minha outra filha, que foi passar o ano com parentes em Angra dos Reis, estava chegando, então em aproximei da casa, junto com a minha mãe, para poder lhe dar um abraço”, disse Anderson, completando: “Pedimos para que a Cristiana chegasse com a Julia na janela, mas ela se negou, dizendo que a mesma tinha adoecido e que não iria a expor no tempo. Ela sempre dava um pretexto, sobre doença ou que ela estava na casa de alguém”, justificou o pai, lembrando que Júlia era portadora de Síndrome de West, considerada uma doença rara, caracterizada por crises epiléticas e comprometimento nos movimentos e na fala.

Há pouco tempo, parentes teriam visto uma foto que Anderson postou com os filhos na internet e o procuraram, perguntando se eles podiam levar as crianças em uma festa. Ele teria dito que sim, mas que era necessário falar com a mãe, já que eles ficavam com ela. Os parentes então perceberam uma certa resistência da mulher quando perguntada de Júlia, fazendo assim com que todos, junto com o pai, fosse à delegacia registrar o desaparecimento da menina, o que foi feito no último sábado, dia 18.


CORPO DE JULIA

Na segunda, dia 20, uma mala com a ossada de uma criança foi encontrada e logo o caso ganhou repercussão, ainda mais quando a mãe e o padrasto da criança desapareceram. Na terça, dia 21, eles se entregaram e de acordo com o delegado titular da 88ª DP, Wellington Pereira Vieira, a mãe confessou que o corpo na mala era mesmo o da filha e que ocultou o cadáver da criança, mas que a criança teria morrido de causas naturais e que teve medo de contar para o pai.  O caso segue em sigilo e o policial não pôde dar mais detalhes quando ao depoimento dos envolvidos.

AGRESSIVO?

Anderson, quando questionado sobre o fato da ex-mulher ter dito que a criança morreu de causa natural e que omitiu o corpo da filha com medo dele, ele rebate que nunca foi agressivo. “Ela sempre tentou usar isso como pretexto para me afastar dos meus filhos. E olha o que ela conseguiu? Nunca encostei um dedo nela e pra mim ela não é digna nem de ser chamada de mãe. Ela é um monstro. Quem em sã consciência teria o motivo de esconder um corpo de uma pessoa que morreu de causa natural? Acredito sim que ela tenha assassinado a minha filha. Eles”, rebateu.

Na delegacia, Anderson chegou a pedir para ficar frente a frente com a ex-mulher e com o namorado dela. “Não ia bater neles, não! Mas queria olhar bem na cara de cada um e perguntar por que eles fizeram isso com a minha filha. Por que não a deixaram viver e me entregaram ela”, questionou.

Anderson pagava quase R$ 800 de pensão aos filhos desde que se separou e a ex-mulher ainda recebia auxilio por conta da doença de Júlia.

AJUDA PSICOLÓGICA PARA FILHOS

Questionado ainda sobre os seus outros filhos, Anderson contou ao A VOZ DA CIDADE que eles estão no Rio de Janeiro, mas que já estão sob sua responsabilidade. “Devido a repercussão, os tirei um pouco daqui. Eles já sabem que a Júlia morreu, mas ainda não sabem sobre quais condições e, nem quero isso ainda”, relatou Anderson. “Agora quero cuidar deles. Eles precisam de ajuda psicológica, de carinho e de muito amor”, completou.

O QUE DESEJA PARA CRISTIANA

Para Anderson, o que ele mais quer é que a Justiça seja feita. “Para os dois! Nem um dia a mais. Nem um dia a menos. O que eles fizeram, sendo comprovado, não pode ficar por isso mesmo. Eu pedi para cuidar deles e ela poderia até ficar com o dinheiro, eu falei isso para ela. Amo meus filhos. Quero que eles tenham uma vida decente e não sofram com tudo isso, como a Júlia”, finalizou o pai, que conta que procurará um advogado para tirar o nome de Cristiana dos documentos dos filhos. Para isso pede que alguém o procure para ajudar.  Anderson pode ser facilmente encontrado nas redes sociais.

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2 Comentários

Marcio 25 de janeiro de 2019, 22:17 - 22:17

Já perceberam quantos casos registrados de solicitação do conselho tutelar e foi inútil? São um bando inúteis, incompetentes, despreparados. Nunca agem de forma correta e muitas crianças sofrem pela inutilidade deste cabide de emprego chamado conselheiros tutelares.

Rosenilde 26 de janeiro de 2019, 15:52 - 15:52

É verdade mesmo que esse tal de conselho tutelar é um verdadeiro fiasco. Eu senti isso na pele. Minha filha foi maltratada na escola e eu procurei o conselho tutelar mas eles deram toda razão para a escola. Isso me revoltou muito. Não procuro mais essa imundície.

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