RIO CLARO
Iniciado em agosto de 2022 em Rio Claro-RJ, o projeto PAF (Re) Floresta Água e Carbono, integrante do programa Produtores de Água e Floresta do Comitê Guandu-RJ, encerrou suas atividades em janeiro, destacando avanços em restauração florestal, educação ambiental e desenvolvimento sustentável. Cerca de 400 pessoas participaram das iniciativas.
O projeto, promovido pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap) e financiado pelo Comitê Guandu e Programa Petrobras Socioambiental, restaurou 40,82 hectares em oito propriedades rurais, com o plantio de 45.292 mudas de Mata Atlântica. A execução foi realizada pela Ecovale Consultoria Agroambiental, com recursos provenientes da cobrança pelo uso da água.
Uma pesquisa do Laboratório de Estudo das Relações Solo-Planta (UFRRJ) apontou que o programa sequestrou 85.000 toneladas de carbono desde 2008, abrangendo mais de 6 mil hectares. Entre 2023 e 2024, foram analisadas 544 amostras de solo em 17 áreas, incluindo pastagens e matas nativas, reforçando a contribuição da restauração florestal no estoque de carbono.
O projeto também capacitou 118 participantes, incluindo 65 quilombolas, em temas como turismo agroecológico, meliponicultura e coleta de sementes. Parcerias com a Cedae, Parque Estadual Pedra Selada e IFRJ contribuíram para treinamentos e distribuição de mudas.
No campo da educação ambiental, 222 pessoas foram alcançadas em ações realizadas em escolas. Estudantes plantaram araçá-rosa no pátio escolar e receberam mudas para cultivo doméstico.
Com a conclusão das atividades, o projeto deixa produtores rurais engajados para o novo ciclo do programa, que prevê conservar 800 hectares, restaurar 100 hectares de florestas e implementar 50 hectares de sistemas agroflorestais e práticas agrícolas sustentáveis.












