Oscar Nora – Sassaricando – 30 de dezembro de 2020

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Foto: Divulgação

Lá se vai o ano de 2020 deixando para trás, como se diz na gíria, muitas bolas nas traves do esporte mundial. Silenciosa e altamente infecciosa, a doença do coronavírus/Covid-19, temporariamente tirou dos estádios mais de 81 milhões de pessoas, um milhão e oitocentas mil delas definitivamente.
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Implacável e sem perdoar ninguém e coisa nenhuma, esvaziou arquibancadas, ginásios, quadras, piscinas, rios, mares, tatames e ringues em todos os esportes. Foi, no dizer de outra gíria, uma bola murcha para os praticantes e aficionados no prazer de torcer e comemorar.
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Algumas modalidades esportivas e competições, nacionais e internacionais, até conseguiram voltar no transcurso da pandemia, mas reinventadas e disputadas diante de arquibancadas solitárias e silenciosas. No caso dos Jogos Olímpicos Tóquio/2020 esperou-se o último segundo até o adiamento do evento, agora previsto para o ano que está chegando.
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Em 1918, a gripe espanhola aterrorizou a Europa, mas não impediu a realização dos Jogos Olímpicos de 1920, seis anos depois dos Jogos previstos para 2016 que – estes sim – não foram realizados, mas em virtude da primeira guerra mundial.
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A pandemia trouxe severos prejuízos financeiros e alterou o calendário das competições. A Eurocopa e a Copa América, serão em junho de 2021. O Mundial de Atletismo de 2021 será em 2022 para não conflitar com o período dos Jogos Olímpicos. Curiosamente, o Torneio de Tênis de Wimbledon, cancelado pela primeira vez em 70 anos, receberá uma bolada com o coronavírus.
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Há 17 anos os organizadores aplicaram o total de 10 milhões de reais, pagando um serviço de seguro que prevê compensação no caso de pandemia. Agora, os cartolas do Grand Slam britânico estão recebendo recheada apólice indenizatória no valor de aproximadamente 750 milhões de reais pela pouco usual precaução.
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Também curiosa e proveitosa foi a atitude dos cartolas da NBA. A famosa associação nacional de basquetebol dos Estados Unidos confinou todos os atletas da competição em uma bolha, sem contato com o mundo exterior, evitando o risco de contaminação pela Covid-19. Deu certo e quebrou um tabu: o Los Angeles Lakers foi campeão e com seu décimo sétimo título se igualou ao Boston Celtics como maior campeão do torneio.
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E o ano vai se encerrando marcando outro fato original: a luta de box Mike Tyson/54 anos x Roy Jones Jr./51 anos. O duelo, de exibição, terminou empatado depois de dezenas e educados socos no rosto, nariz e orelhas um do outro. Que esse violento esporte sirva de inspiração e nos livre de um direto no queixo do esporte aplicado pelo coronavírus.

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