Organização Pan-Americana da Saúde atua com países da região para conter coronavírus

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WASHINGTON

Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, está atuando com os países da América Latina e do Caribe para evitar a propagação do coronavírus na região.

Lavar bem as mãos é um dos cuidados que as pessoas devem tomar para evitar a contaminação. Foto: Unicef/Reto Albertalli

Na quinta-feira, dia 30, a Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou uma emergência internacional de Saúde afirmando que a medida visava mais o que pode ocorrer no mundo após o surgimento da nova cepa do coronavírus, na cidade chinesa de Wuhan.

Até o momento, quase 10 mil casos foram confirmados com 213 mortes, todas ocorridas na China. Nas Américas, houve notificações nos Estados Unidos e no Canadá.

O vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, gravou um vídeo respondendo a várias perguntas sobre o tema.

Sobre o risco para a América Latina e o Caribe, o especialista disse que nenhum país está imune e que por isto mesmo a prevenção e as medidas sanitárias são fundamentais.

“Os países têm que estar preparados para fazer a detecção precoce e tomar medidas para que o caso importado não transmita para outras pessoas. Se isso é feito de maneira precoce, há menos risco de transmissão nos nossos países”.

Ele explica que “ter um caso importado é possível em qualquer país do mundo”, mas “a atuação dos sistemas de vigilância de saúde podem manter o país protegido” da transmissão dentro do seu território.

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Prevenção

Segundo o vice-diretor da Opas, os sistemas de vigilância estão alertados, a organização está trabalhando com os Ministérios da Saúde, enviando informações atualizadas e recomendações sobre os níveis de alerta.

Barbosa afirma que “a região está muito melhor preparada do que estava preparada na época da Sars, por exemplo” E que o contato com as autoridades é diário.

 

“É importante saber que a proteção para essa doença é muito simples e igual a todas as outras doenças de transmissão respiratória. Proteger a tosse e o espirro com o braço, e não com a mão, porque quando se espirra ou tosse na mão, a mão fica com as partículas da secreção que tem o vírus. E apertar a mão de outra pessoa ou tocar num corrimão, numa maçaneta pode ajudar a propagar o vírus. Então, proteger a tosse e o espirro, evitar ter contato com pessoas doentes e lavar as mãos. Lavar as mãos é uma medida muito simples que, se realizada, várias vezes ao dia, evita qualquer doença que se transmita dessa mesma maneira”.

Até esta sexta-feira, ocorreram 213 mortes pelo coronavírus. A Rússia, o Reino Unido e a Itália registraram as primeiras incidências. Mais de 100 casos foram registrados em 22 países além da China.

O diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, disse que o coronavírus #2019nCoV avançou de forma jamais vista, e recebeu uma resposta sem precedentes”.

O chefe da OMS explicou que a emergência internacional não foi declarada pela razão do que ocorre na China, mas sim pelo que pode ocorrer no mundo em termos de contaminação.

Apoio

Na sexta-feira, a Organização Internacional para Migrações informou que está pronta para apoiar os governos, que solicitarem, sobre o movimento seguro de pessoas.

A iniciativa em parceria com a OMS quer promover treinamentos, seminários e outras atividades que evitem transtornos desnecessários aos viajantes assim como medidas que possam levar ao estigma e discriminação.

A Comissão de Emergência da OMS não recomendou nenhuma restrição de viagem ou comércio ao declarar o coronavírus uma emergência internacional de saúde.

No início deste mês, a OIM com a cooperação dos Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos, CDC, realizou um treinamento no aeroporto de Dacar, no Senegal, utilizando protocolos para lidar com uma possível emergência de saúde pública.

Para a OIM, os passageiros têm o direito de se movimentarem sem transtornos desnecessários e de forma saudável e segura. (*Com informações da Agência ONU News).

 

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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