Operações em Trípoli são suspensas pela Acnur por causa da insegurança

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NOVA IORQUE

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur) decidiu suspender suas operações na Instalação de Reunião e Partida, GDF na sigla em inglês, que acolhe refugiados em trânsito, na Líbia.

A decisão da suspensão foi comunicada pela Acnur que informou que “a medida é em resposta a receios pela proteção e segurança das pessoas abrigadas no local, além do pessoal do Acnur e parceiros”.

Exercícios 

O chefe da missão do Acnur na Líbia, Jean-Paul Cavalieri, afirmou que a agência não tem outra opção a não ser suspender o trabalho. O motivo são exercícios militares realizados perto do local, envolvendo policiais e outras forças.

Para ele existe um risco de que toda a área acabe se tornando um alvo militar e que, pó consequência, acabe colocando em perigo as vidas dos refugiados, requerentes de asilo e outros civis.

O Acnur iniciou a retirada de dezenas de refugiados, em condições bem precárias,  para locais mais seguros. Essas pessoas já receberam sinal verde para o processo de assentamentos e/ou evacuação para outros países.

Bombardeios 

A agência da ONU também vai ajudar com a evacuação de centenas de pessoas para áreas urbanas, o que inclui 400 solicitações de asilo daqueles que tiveram que sair do Centro de Detenção Tajoura após o local ter sido alvo de bombardeios em julho do ano passado.

Um outro grupo de refugiados, com cerca de 300 pessoas do Centro de Detenção Abu Salim, foi acolhido pelo GDF em novembro de 2019, após terem sidos liberados pelas autoridades.

O Acnur dará a todas essas pessoas assistência com dinheiro, donativos e cuidados médicos no Centro Comunitário da agência em Trípoli.

O chefe da agência em Trípoli afirmou que o resto do trabalho continua sem alterações no país e que ele espera resumir a atuação do Acnur na GDF assim que a segurança retornar ao local.

Apelo 

No início de janeiro, três morteiros caíram perto da instalação nas imediações de um depósito dentro do complexo. A GDF, que é da alçada do Ministério do Interior, acolhe migrantes e candidatos a asilo em trânsito, até que o caso deles seja processado.

Desde dezembro de 2018, cerca de 1,7 mil refugiados detidos foram evacuados da Líbia em segurança através da GDF.

Mas o local tornou-se superlotado e deixou de funcionar com um centro de trânsito.

O Acnur continua pedindo a todos os lados do conflito na Síria que protejam os civis e a infraestrutura do país. (*Com informações da Agência ONU News).

 

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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