RIO
O Governo do Estado, por meio das secretarias de Polícia Civil e de Polícia Militar, e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público deflagraram a ‘Operação Torniquete’ nesta terça-feira (03/12), no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio.
Cerca de 900 agentes cumpriram 114 mandados de busca e apreensão, oriundos de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, em endereços de diferentes alvos ligados à facção criminosa que atua na região. Ao todo, foram 13 presos, 23 veículos recuperados, mais de 1 tonelada de drogas apreendida, uma central de crimes financeiros e um local de refino de droga estourados. Também houve apreensão de peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Um criminoso ficou ferido em confronto durante flagrante de roubo de carga e morreu no hospital.
“A atuação conjunta das nossas forças de segurança são fundamentais para o restabelecimento da ordem no nosso estado. Vamos seguir atuando de maneira incansável para alcançar nossos alvos e fortalecer o combate ao crime organizado em todo o Rio de Janeiro”, afirmou o governador Cláudio Castro.
Atuação integrada no Complexo da Penha
A ação integrada cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão contra responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo.
Segundo as investigações, é do Complexo da Penha que partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios. “A operação foi um sucesso, todos os mandados foram cumpridos. Existe farto material apreendido, que será analisado. Hoje é o início de uma série de outras operações que ocorrerão no Rio de Janeiro. Não vai haver local onde a ação da segurança pública não vai estar”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos.
Delegacias especializadas
A operação contou com apoio de unidades do Departamento-Geral de Polícia Especializada; Departamento-Geral de Polícia da Capital; Departamento-Geral de Polícia da Baixada; Departamento-Geral de Polícia do Interior; Subsecretaria de Inteligência e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Policiais civis do Pará e do Ceará também atuaram na operação. As investigações revelaram a forte migração de lideranças criminosas daqueles estados para o Rio de Janeiro, sendo que a maioria delas está escondida no Complexo da Penha. “Nós identificamos que o Complexo da Penha se tornou, na verdade, a base operacional do Comando Vermelho, que é a facção criminosa atuante naquela localidade. E é de lá que saem ordens das lideranças para a prática de roubos de veículos e roubos de cargas, principalmente na capital e na Região Metropolitana. São eles que fomentam esses tipos de roubos”, afirmou o secretário de Estado de Policia Civil, delegado Felipe Curi.
Polícia Militar apreende drogas
A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro participou das ações com equipes de sua Subsecretaria de Inteligência, do Comando de Operações Especiais (COE) – BOPE, BPChq, BAC e GAM -, da Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) e de 13 batalhões de área da corporação. “Atuamos de forma contundente nessas comunidades, impedindo essa política expansionista da organização criminosa, principalmente o Comando Vermelho. O nosso batalhão de ações com cães apreendeu uma tonelada de maconha na comunidade do complexo da Penha”, destacou o secretário de Polícia Militar, o coronel Marcelo de Menezes.