Adolescentes suspeitos de utilizar plataforma na internet para cometer violência sexual são apreendidos

Por Mônica Vieira

RIO/VOLTA REDONDA
Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) deflagraram, nesta terça-feira, dia 27, a Operação Dark Room (Quarto Escuro). Eles apreenderam dois adolescentes apontados como supostos responsáveis por praticar estupros e induzir meninas a automutilação e suicídio por meio da plataforma Discord. Um dos alvos, de 17 anos, era considerado um dos principais líderes do grupo. Ou outro tem 14 anos.
A ação aconteceu em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro, e em Volta Redonda. Os agentes não informaram em quais locais ocorreram as capturas, até a publicação desta reportagem. O objetivo foi cumprir mandados de busca e apreensão contra os adolescentes e na ação, aparelhos eletrônicos foram apreendidos nas casas deles.
Segundo informações da Polícia Civil, as investigações começaram em março deste ano, após compartilhamento de dados de inteligência com a Polícia Federal e civis de diversos estados do país. A equipe da DCAV constatou durante as investigações que os crimes eram cometidos por jovens e adolescentes na plataforma, um aplicativo de comunicação com suporte a mensagens de texto, voz e chamadas de vídeo.
Sobre a plataforma
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o programa foi concebido inicialmente para a comunidade Gamer e se popularizou entre os jovens e adolescentes, em que usuários com interesses comuns se reúnem para se comunicarem. De acordo com as investigações, a plataforma Discord, que não se manifestou sobre o caso, era utilizada por um mesmo grupo, de várias regiões do país, para cometer atos de violência contra animais e adolescentes, além de divulgar pedofilia, zoofilia e fazer apologia ao racismo e nazismo.
“Os agentes obtiveram vídeos em que animais são mutilados e sacrificados como parte de desafios impostos pelos administradores (líderes) como condição para membros ganharem cargos, o que se traduzia em permissões e acesso a funções dentro do grupo. A maioria das ações era transmitida ao vivo em chamadas de vídeo para os integrantes”, disse por meio de nota a Polícia Civil, completando que adolescentes também “eram chantageadas e constrangidas a se tornarem escravas sexuais dos líderes, que cometiam estupros virtuais, também transmitidos ao vivo pela internet. Durante o ato, as meninas eram xingadas, humilhadas e obrigadas a se automutilar”, completou.
Segundo as investigações, as vítimas, de várias regiões do Brasil, eram escolhidas na própria plataforma, seja por meio de perfis abertos nas redes sociais ou até indicadas por integrantes do grupo. Com dados pessoais das vítimas, os investigados iniciavam uma série de chantagens, afirmando que possuíam fotos comprometedoras que seriam divulgadas ou enviadas para os pais das mesmas.

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