ONU reitera que idosos devem ser protegidos durante e depois da crise causada pela pandemia

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NOVA IORQUE

Este 15 de junho é o Dia Mundial de Conscientização da Violência à Pessoa Idosa. Este ano, as Nações Unidas destacam a necessidade de se proteger os idosos durante a pandemia da Covid-19 e depois.

Embora todas as faixas etárias corram risco, os idosos têm um risco maior de mortalidade e doenças graves após a infecção. Entre as pessoas acima de 80 anos, a taxa de mortalidade é cinco vezes maior.

Pandemia

Estima-se que 66% das pessoas com 70 anos ou mais tenham pelo menos uma condição de saúde subjacente, colocando-as em maior risco. Os idosos também podem ser discriminados quando médicos e hospitais decidem quem tem acesso a tratamentos e medicamentos.

Além disso, antes da pandemia metade da população idosa em alguns países em desenvolvimento já não tinha acesso a serviços essenciais de saúde. A crise pode levar a uma redução de serviços críticos, aumentando ainda mais os perigos.

Em maio, o secretário-geral da ONU, António Guterres, lançou um relatório detalhando o impacto da Covid-19 em idosos. Na altura, ele afirmou que “nenhuma pessoa, jovem ou velha, é dispensável”.

Para o chefe da organização, “os idosos têm os mesmos direitos à vida e à saúde que todos os outros.” Ele disse ainda que “decisões difíceis sobre cuidados médicos devem respeitar os direitos humanos e a dignidade de todos”.

Lembre a mensagem do secretário-geral sobre a necessidade de proteger os idosos durante a crise.

Crescimento

Entre 2019 e 2030, o número de pessoas com 60 anos ou mais deve crescer 38%, passando de 1 bilhão para 1,4 bilhão. Nessa altura, o número de idosos irá superar o número de jovens em todo o mundo. Esse aumento será maior e mais rápido nos países em desenvolvimento.

Por tudo isso, a ONU afirma que “é preciso prestar mais atenção aos desafios específicos que afetam os idosos, inclusive no campo dos direitos humanos”.

Abusos

O abuso de idosos é um problema que existe tanto nos países em desenvolvimento como nos países desenvolvidos, mas muitas vezes não é reportado.

Existem poucas estatísticas sobre o tema, apenas em alguns países de alta renda, mas entre 1% a 10% dos idosos nessas regiões é vítima de abusos.

Embora a extensão do problema seja desconhecida, a ONU afirma que “seu significado social e moral é óbvio” e “exige uma resposta global multifacetada, focada na proteção dos direitos dos idosos”.

* Silas Avila Jr – Editor Internacional

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