BARRA MANSA
Na temporada de férias muita gente se prepara para viajar, e, quem tem algum animal de estimação tem três opções: levar o bichinho junto, deixá-lo aos cuidados de algum parente ou amigo, ou, deixá-lo em um local que realiza a hospedagem de animais. Porém, não são todos que zelam pelo cuidado dos seus bichos de estimação, e, é nessa época do ano que o índice de animais abandonados costuma aumentar. Quem afirma isso são algumas ONGs que realizam trabalhos voluntários para animais abandonados no município.
A Lei nº 9.605/98 (de Crimes Ambientais) diz sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e protege animais de maus tratos. De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde Ambiental, Antônio Marcos Rodrigues, em média 5% da população canina nos municípios está em situação de rua. “Em Barra Mansa a população canina está em torno de 10% a 15% da população humana”, explicou.
Segundo a responsável pela Associação Barramanssense de Proteção aos Animais (APA), Cecília Amaral, a ONG já acolhe mais de 100 cachorros e não há mais espaço novos acolhimentos. “No ano passado percebemos um aumento de 40% de cães abandonados. Sempre nessa época do ano é possível notar novos animais de rua surgindo”, afirma, completando que muita gente aproveita o período festivo para de desfazer do bicho de estimação. “Ao adotar um animal a pessoa tem que ter consciência que ele viverá cerca de 15 anos e que terá que cuidar dele até o fim de sua vida” declarou.
Cecília ainda conta que por dia gasta três sacos de ração para alimentar os cães, e que a ONG Apa está realizando uma campanha de arrecadação onde a pessoa pode doar quantidade e a marca que puder. Para mais informações basta ligar para o número (24) 98142- 4894.
A entidade Late e Mia, que atua em Barra Mansa há nove anos, abriga atualmente dezenas gatos em situação de emergência. Segundo a responsável da instituição, Maria Lúcia de Carvalho, de 62 anos, em dezembro começa a cair o número de adoções e os animais são abandonados, e, apenas depois do carnaval a situação se normaliza. “Muita gente vai viajar e resolve se desfazer do animal. As pessoas procuram bairro afastados onde possam soltar o cachorro ou o gato e depois vão embora sem olhar para trás”, contou, afirmando que os mais abandonados são os gatos.
Maria Lúcia explica ainda que não há mais espaço para abrigar novos animais, pois a instituição está lotada. “Quase ninguém adota nessa época, e com o nível de abandonos crescendo estamos lotados, não tem espaço físico para o tanto animal e nem mão de obra suficiente”, assumiu. A instituição Late e Mia conta apenas com o apoio de voluntários da sociedade civil, e para conseguir cuidar dos animais, realiza vendas em um bazar, a ONG também aceita doações em dinheiro, mão de obra, remédios, ração e itens de uso cotidiano, como jornais e produtos de limpeza. Para quem deseja ajudar, basta entrar em contato pelo telefone (24) 988374872.
MAUS TRATOS
Uma mulher foi presa ontem pela Polícia Civil de Rio Claro por maus tratos contra animais. Segundo relatos do delegado titular da 165ª Delegacia de Polícia (DP), Michel Floroschk, eles chegaram na residência, que fica na Rua da Caixa D’Água, no Morro do Estado, após denúncias, no local eles encontraram um cachorro desnutrido, amarrado com uma corda, num terreno, sem água, comida e sem proteção do sol.
A mulher foi encaminhada para as medidas cabíveis e o cachorro amparado por uma equipe de uma Organização não Governamental (ONG).