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Ômicron: dez mitos sobre a nova variante da Covid-19

Por Andre
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NOVA IORQUE

A Organização Mundial da Saúde, OMS, declarou a Ômicron como uma variante “preocupante” em 26 de novembro de 2021. Desde então, surgiram muitos mitos sobre a nova cepa dificultando a tomada de decisões por cidadãos e governos.
Um dos fatos mais alarmantes é que os dados epidemiológicos confirmam que houve um aumento na taxa de infecção com a propagação da nova variante.  Para diminuir tais dúvidas e evidenciar fatos de notícias falsas, a OMS preparou este guia.

Redes sociais

O diretor-geral da OMS, Tedros Gebreyesus, afirmou que foram reportados 90 milhões de novos casos nas últimas 10 semanas. O número é superior ao total de infecções em 2020. Para evitar que os mitos se propaguem tão rapidamente quanto a variante Ômicron, a OMS reuniu as dúvidas mais comuns que estão circulando nas redes sociais, mídia e buscas na internet e explicou, com base em ciência, o que é verdade.

1) É falso que todos os casos de Ômicron são leves
Fato: a Ômicron parece ser menos grave que a variante Delta, mas não deve ser considerada leve

Vários países mostraram que a gravidade da infecção pela variante Ômicron em suas populações foi menor em comparação à Delta. No entanto, os estudos têm ocorrido, sobretudo, em países com altas taxas de vacinação. Assim, a OMS afirma que ainda é cedo para prever o impacto da Ômicron nos países com menores taxas de vacinação e nos grupos mais vulneráveis.

2) É falso que com “a Ômicron menos grave”, haverá menos hospitalizações
Fato: Ômicron representa um alto risco para os sistemas de saúde

Os dados atuais indicam que a Ômicron se espalha mais facilmente do que a variante Delta. Com sintomas mais leves de Covid-19, uma porcentagem menor de pacientes precisa de hospitalização. No entanto, dado o número muito elevado de infecções, essa quantidade menor representa muitas internações. Isso torna mais difícil para os sistemas de saúde tratar pacientes com Covid-19 e outros tipos de doenças.

3) É falso que a Ômicron é semelhante a um resfriado comum
Fato: a Ômicron é muito mais perigosa do que um resfriado comum

A Ômicron não é como um resfriado comum. A variante aumenta as chances de hospitalização e mortes entre os infectados. Além disso, as pessoas infectadas pela Ômicron também correm o risco de desenvolver os efeitos de longo prazo da Covid, conhecidos como  Covid longa.


4) É falso que a sublinhagem da Ômicron, BA.2, não pode ser detectada
Fato: Todos os subtipos de Ômicron podem ser detectados

A variante Ômicron inclui quatro linhagens ou subtipos. A BA.1 é a responsável pela última onda de casos de Covid-19, mas BA.2 está aumentando em muitos países, incluindo Índia, África do Sul, Reino Unido e Dinamarca. BA.2 difere da BA.1 em algumas proteínas, incluindo a proteína spike. A OMS explica que a BA.2 não causa uma marca específica em exames laboratoriais, podendo ser muito semelhante a outras versões do coronavírus, como a Delta, em uma primeira triagem. Isso não significa que a variante não pode ser detectada, mas sim que a detecção é feita de forma diferente. A OMS pediu “priorização da pesquisa, independente e comparativa” sobre as características de BA.2, incluindo sua capacidade de propagação e sobre a eficácia das vacinas disponíveis.

5) É falso que as vacinas não funcionam contra a Ômicron
Fato: As vacinas oferecem a melhor proteção disponível contra a Ômicron

As vacinas continuam protegendo contra casos mais graves da doença e morte em casos de Covid-19 causados pela Ômicron, assim como fazem com as outras variantes ainda em circulação. Até agora, a taxa comparativamente mais baixa de hospitalizações e mortes se deve em grande parte ao fato de muitas pessoas já estarem vacinadas. A vacinação estimula a resposta imunológica do corpo contra o vírus, que não apenas nos protege das variantes atualmente em circulação, mas também de ficar gravemente doente de possíveis futuras mutações.

6) É falso que as pessoas que não se vacinaram não ficarão gravemente doentes com Ômicron
Fato: Pessoas não vacinadas correm mais risco de contrair a Ômicron

A grande maioria das pessoas hospitalizadas em países onde a Ômicron se tornou a variante dominante não é vacinada. Se não forem tomadas medidas para interromper a transmissão do Covid-19, a variante Ômicron seguirá se espalhando com grande velocidade e, como na onda Delta, as pessoas não vacinadas serão as mais afetadas. A principal recomendação da OMS ainda é se vacinar quando for a sua vez, incluindo uma dose de reforço, se oferecida. Além disso, a agência reforça que é necessário imunizar de forma igualitária 70% da população global até meados de 2022.

7) É falso que se alguém já pegou Covid-19 terá imunidade contra Ômicron
Fato: a Ômicron pode reinfecctar pessoas que já tiveram Covid-19

A OMS recomenda que mesmo quem já teve Covid-19 se vacine. Isso porque a reinfecção com a Ômicron é possível e, sem a imunização, há chances de desenvolver casos graves, transmitir o vírus para outras pessoas ou ter sintomas de Covid longa. A OMS lembra que ser vacinado é a melhor maneira de proteger a si mesmo e aos outros ou adoecer gravemente e morrer.

8) É falso que doses de reforço não são eficazes na prevenção de doenças graves com Ômicron
Fato: As doses de reforço são eficazes para aumentar a proteção

A eficácia das vacinas Covid-19, como a de muitas outras vacinas, como a gripe, diminui com o tempo, por isso as doses de reforço são recomendadas. Assim, a proteção contra casos graves de Covid-19 é ampliada. Os reforços são especialmente importantes para grupos de risco: pessoas com mais de 60 anos ou com problemas de saúde pré-existentes. Os profissionais de saúde também devem receber doses adicionais devido ao alto risco de exposição ao vírus e ao perigo de contágio para as pessoas vulneráveis de quem cuidam.

* Luciano R. Pançardes – Editor Chefe

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