RIO DE JANEIRO
Um estudo inédito realizado pelo Observatório de Saúde na Infância – iniciativa conjunta entre o Icict/Fiocruz e a Unifase – aponta que a cobertura vacinal contra a Covid-19 entre crianças e adolescentes permanece baixa.
A análise mostra que a cobertura vacinal em crianças de três a quatro anos está em 23% para duas doses e em apenas 7% para o esquema vacinal completo com três doses.
Na faixa etária de cinco a 11 anos, a cobertura sobe para 55,9% com duas doses, mas fica em 12,8% quando é considerado o esquema vacinal com três doses.
A baixa procura pela vacina preocupa, uma vez que está associada à continuidade da mortalidade pela doença nesse público.
No ano passado, com as doses de vacina contra a Covid-19 disponível para crianças a partir dos seis meses no Brasil, houve uma importante queda no número de óbitos em crianças e adolescentes, indicando a eficácia da vacina, mas a doença ainda é responsável por três mortes nessa faixa etária a cada quatro dias, em média.
“A análise mostra que temos uma vacina segura, eficiente e disponível em todos os municípios. Precisamos usar o recurso que nós temos para garantir a saúde das crianças, especialmente em um cenário desfavorável com a circulação de outras doenças perigosas, como a dengue”, alertou o pesquisador do Icict/Fiocruz e coordenador do observatório da infância, Cristiano Boccolini.