O que eu perco se não arriscar?

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Todo investidor, mesmo quem é iniciante no assunto, já passou pela experiência de escolher onde alocar suas reservas. Na hora de avaliar as opções, quantas vezes esbarramos com ótimas rentabilidades, mas são rejeitadas pelo medo do risco que aquele investimento oferece? Já ouvi inúmeras vezes a frase ‘prefiro ganhar pouco do que correr o risco de perder’.

Imagino que ninguém escolhe deixar de ter uma satisfação imediata para guardar dinheiro esperando que ele se perca, mas é importante saber que existe uma ofensora muito silenciosa que pode reduzir o poder de compra da sua reserva, sem que você perceba. Estou falando da inflação. Se o seu rendimento líquido é menor que o aumento dos preços, significa que também perdeu dinheiro. Algumas vezes, para fazer a reserva ter um crescimento real, é necessário agregar algum risco no portifólio de investimentos.

Richard Thaler venceu o prêmio Nobel de economia descrevendo em sua tese essa angústia que acompanha muita gente na hora de escolher suas aplicações. Na possibilidade de ganhos maiores, mas também de um risco maior, focamos apenas na possibilidade de fracasso, o que leva a escolha para a opção mais segura. Quantos investidores seguem presos ao Tesouro Selic ou a outros investimentos com rendimento muito baixo porque deixam de ver o risco como algo possível, e passam a encará-lo como algo totalmente provável?

O cenário econômico atual não está muito favorável para os investidores com perfil conservador. A Selic, nossa taxa básica de juros, chegou ao seu menor patamar histórico, 4,5% ao ano. Isso significa que a poupança rende aproximadamente 0,26% ao mês e o CDI, sem o imposto de renda, em torno de 0,30%. Mas enquanto observamos rendimentos tímidos da renda fixa, a economia do país está se aquecendo e criando boas oportunidades em outras classes de investimentos mais arrojadas.

Se o seu objetivo for de longo prazo, congelar sua reserva com a rentabilidade do tesouro Selic não é a melhor opção. O que faz você superar o medo do risco é o conhecimento. Pesquise a fundo sobre os investimentos que decidir colocar na sua carteira, assim vai poder fazer escolhas cada vez mais consistentes e bem-sucedidas.

 

 

 

 

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