‘O pior já passou’, diz jogador Paulo Sérgio ao deixar Sudão

Por Lara Salles

SUDÃO/ESTADO

O jogador carioca Paulo Sérgio e os outros oito brasileiros que fazem parte do time Al-Merreikh, no Sudão, estavam desde sábado, dia 22, tentando deixar o país onde ocorre uma guerra civil. O grupo conseguiu um micro-ônibus alugado pelo clube para ir até a cidade de Porto Sudão, às margens do Mar Vermelho, durante o período de cessar-fogo. Na tarde de segunda-feira, dia 24, o carioca Paulo Sérgio informou em suas redes sociais que o pior já tinha passado e que o grupo ficou cerca de oito horas para ultrapassar a primeira barreira na fronteira com o Egito, estando já no território egípcio.

Por volta das 15 horas (horário de Brasília) de segunda-feira, os brasileiros estavam parados na segunda barreira. “Não sabemos quanto tempo irá demorar, mas nosso próximo destino é a cidade de Assuã (Egito), que fica umas três horas de onde estamos. Obrigado a todos por cada mensagem de oração e carinho conosco”, informou o jogador, acrescentando que todos estão bem, mas que a luta continua.

Chegando em Assuã a comitiva do Brasil, seguirá para o Cairo, ainda no Egito, e depois para o Brasil.

Foto: divulgação Paulo Sérgio

SEM AJUDA DO GOVERNO BRASILEIRO 

Durante o fim de semana o jogador cobrou mais uma vez as autoridades brasileiras e informou que os atletas de outros países já estavam com tudo acertado para deixar o Sudão. “Todos estão organizados e já fechados com outras embaixadas. E a gente, estamos com quem? Só dizem que estão tentando resolver, porém não encontram mais ônibus e nem van pra nos tirar daqui”, cobrou o carioca.

Na quarta-feira, dia 20, o A VOZ DA CIDADE conversou com a esposa de Paulo Sérgio, a barra-mansense, Blanca Bullos. Ela falou sobre os desafios que o jogador enfrentou em meio à guerra e também fez críticas ao Itamaraty. “Estamos de mãos atadas”, relatou Blanca Bullos, acrescentando que só conseguiu contato com os representantes do Ministério das Relações Exteriores do Brasil após insistência da família. Nesse mesmo dia, o jornal entrou em contato com o Itamaraty, que informou estar prestando assistências às famílias e que ao todo 21 brasileiros tentavam no país africano quando a guerra começou.

JOGADORES SE PREPARAVAM PARA CAMPEONATO

Na sexta-feira, dia 14, Paulo Sérgio e os jogadores foram para um hotel, em Cartum, capital do Sudão, para se prepararem para um campeonato. A partida estava prevista para o sábado, mas não aconteceu, pois os conflitos tinham acabado de começar no país.

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