O impacto das Fake News nas eleições e o combate à desinformação

Por Carol Macedo
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SUL FLUMINENSE/BRASIL

Nos últimos anos, o fenômeno das Fake News tem ganhado proporções preocupantes, especialmente durante os períodos eleitorais. Notícias falsas, que são informações incorretas ou enganosas disseminadas intencionalmente para manipular a opinião pública, representam uma séria ameaça ao processo democrático. No Brasil, com a proximidade das eleições municipais de 2024, o combate à desinformação se tornou um tema central que mobiliza autoridades, organizações e cidadãos.

As Fake News têm o potencial de distorcer o debate político, confundir os eleitores e influenciar nos resultados das eleições de forma antidemocrática. As notícias falsas podem prejudicar a imagem dos candidatos, manipular dados sobre propostas políticas e espalhar boatos sem fundamento. O impacto direto disso é um eleitor desinformado, que pode basear suas decisões em informações falsas ou distorcidas, comprometendo a legitimidade do processo eleitoral.

Uma pesquisa feita pelo Instituto DataSenado, publicada pela Agência Senado, informou que 81% dos brasileiros acham que as Fake News podem afetar significativamente o resultado eleitoral. De acordo com o levantamento, 72% dos brasileiros já se depararam com notícias falsas nas redes sociais nos últimos meses. O Poder Público e as empresas de tecnologia estão tentando intensificar o combate à disseminação das notícias falsas. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem sido um dos principais atores nesse enfrentamento, promovendo campanhas de conscientização, firmando parcerias com redes sociais e implementando medidas jurídicas contra a difusão de notícias falsas.

A legislação brasileira tem buscado mecanismos para punir quem intencionalmente espalha desinformação, com penalidades que podem incluir multas e até prisão. Além disso, iniciativas de checagem de fatos, como agências especializadas e plataformas de verificação, desempenham um papel crucial na luta contra a desinformação.

No entanto, a responsabilidade não recai apenas sobre autoridades e plataformas de redes sociais. Cada eleitor tem um papel fundamental no combate à desinformação. Questionar a origem das notícias, verificar fontes confiáveis e não

compartilhar conteúdos de origem duvidosa são atitudes essenciais para frear a disseminação das fake news. O Grupo Pançardes de Comunicação ouviu a opinião de alguns eleitores sobre essa disseminação das Fake News e a desinformação.

polÍtica cláudio iam martins 1“Eu já me deparei com notícias falsas e a gente tem que investigar pra saber se aquilo é verdade ou não, procurar saber, porque nem tudo que você ouve, você pode acreditar, infelizmente. Eu já acreditei numa notícia falsa e compartilhei, tem muito tempo que eu fiz isso, mas eu não faço mais não. Passei a observar mais. Porque tem muita coisa que é tão bem contada que parece que realmente é verdade, mas você tem que investigar pra ver se é verdade”, Claudio Lourenço da Silva, 51 anos, Funcionário Público.

 

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“Fake News hoje é uma realidade na qual não convém. São muitas informações distorcidas e que a gente muitas vezes sofre acreditando numa coisa que é mentira. Eu já vi muitas, inclusive no Brasil hoje em dia, essa política de hoje é muita notícia fake. Atualmente eu estou pesquisando, analisando os fatos antes de acreditar. Pesquiso quem é a pessoa, quem é o candidato, o que que ele fez, qual o currículo dele. E a internet é bem-vinda, só que tem que saber como usá- la, porque é um canal de informações e hoje em dia tudo está interligado na internet. Temos que saber como se usa, é isso que eu penso”, Luiz Antônio Santos Teixeira, 49 anos, Mecânico Industrial.

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“Eu acredito que hoje a internet pode ser usada de uma forma muito maldosa se as pessoas não souberem de onde vem a fonte daquela notícia. Então as pessoas têm que buscar de onde vem a fonte daquela notícia, se é realmente verdade aquilo que está sendo publicado. Porque hoje nem tudo é verdade. Eu sempre procuro ver a fonte, para saber se é realmente verdade ou não. As pessoas que não têm tanta intimidade com a internet acabam acreditando em tudo e não pesquisam a fonte das notícias. E na internet hoje em dia, a gente não consegue ter controle de muitas coisas, então é muito complicado”, Naira Fernandes, 23 anos, Social Mídia.

 

 

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“Eu acho que as pessoas deveriam pesquisar mais. Hoje em dia, ainda mais em época de eleição, a gente tem candidatos que querem se aproveitar da situação. No bairro onde eu moro a gente vê bem isso, porque as pessoas são muito desinformadas. Eu não concordo com isso, eu procuro verificar as informações em sites confiáveis, busco e pesquiso antes de sair confiando em qualquer coisa. Eu acho que a informação tem que ser verídica e verdadeira, não é simplesmente a pessoa postar e falar que está fazendo, ela tem que provar que fez. Então, por exemplo, eu mesmo posso postar que eu fiz algo e a pessoa vai acreditar em mim, e se eu fosse um candidato hoje, talvez eu ganharia o voto por essa mentira”, Alex Viana Rocha, 34 anos, empresário.

 

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