SUL FLUMINENSE
Já o chocolate ao leite, de acordo com a nutricionista, é uma mistura de cacau, açúcar e leite, sendo de maior valor calórico. Este chocolate costuma ser o preferido das crianças por ser mais adocicado. “Os pais podem sim oferecer ovos de chocolates aos filhos, mas de preferência após o terceiro ano de idade, nunca antes do primeiro ano, evitando assim que a criança consuma açúcar”, diz Marcella, destacando que o Ministério da Saúde recomenda não consumir nenhum tipo de açúcar até o primeiro ano de vida.
Para quem tem dúvidas sobre o ovo de Páscoa ideal, Marcella orienta que devido às propriedades funcionais do cacau, quanto maior o percentual deste alimento na composição das barras ou ovos, melhor. Geralmente, os mais amargos possuem um teor maior de cacau, sendo as opções mais saudáveis. O ideal é que se consuma pouco: cerca de 30g ao dia já é o suficiente para fornecer os benefícios para o organismo. “Para quem está de dieta, a melhor opção sempre será o chocolate com maior teor de cacau, por ser menos calórico. Os do tipo zero açúcar, para manter as características do chocolate, são isentos de açúcar (para atender público com restrição, como os diabéticos), mas são acrescidos de uma quantidade maior de gordura, o que o torna bem calórico. Não precisa deixar de comer por conta da dieta, basta ter moderação na quantidade”, explica a nutricionista.
E quem tem intolerância à lactose também não precisa ficar sem festejar a data com um ovo de Páscoa, pois o mercado oferece opções que atendem às necessidades deste público. Mas quem é alérgico a leite deve ficar mais atento e procurar um produto que não contenha leite em sua fórmula ou em que esta proteína seja substituída por leite vegetal. “Os chocolates zero lactose podem ser feitos sem leite ou com leite, porém adicionados da enzima lactase, que é responsável pela “quebra” da lactose. Ele pode ser consumido por quem tem intolerância à lactose (pessoas que têm deficiência na produção da lactase). Porém, aos que têm alergia ao leite é contraindicado”, salienta.
No que se refere ao cardápio deste período, com a alta dos preços que pode ser sentida em diversos produtos na hora das compras nos supermercados, Marcella afirma que é possível seguir a tradição da Páscoa com a escolha de peixes com preço mais em conta e saudáveis, como a tilápia, a pescada, o badejo e a merluza. “Podem ser feitas receitas muito apetitosas que irão substituir o tradicional bacalhau. Alguns peixes como salmão, badejo e o linguado possuem valor calórico mais elevado. Outros como atum e sardinha possuem menos calorias. Procure preparar pratos grelhados, cozidos ou assados, evitando frituras e ingredientes gordurosos, evitando um acréscimo nas calorias totais; caprichar nas saladas para aumentar a saciedade e o consumo de fibras, o que favorece a redução da absorção da gordura e dos açúcares; maneirar nas quantidades, evitando exageros”, orienta.
E para quem não abre mão de uma boa bacalhoada, a nutricionista orienta que uma forma de deixar o prato mais leve é escolher saladas compostas por folhas e vegetais frescos, devido à quantidade de fibras e nutrientes presentes nesses alimentos. “Outra dica é não exagerar no sal e no azeite em seu preparo. Embora saudável, o azeite é gordura e em excesso pesa no organismo”, indica.