NOVA IORQUE
Mais de 100 milhões de pessoas fugiram de suas casas por causa de conflitos, violência, violações de direitos humanos e perseguições.
Este número recorde é visto pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur, como um alerta sombrio da situação no mundo. O chefe do Acnur, Filippo Grandi, diz que a quantidade é puxada pela guerra na Ucrânia e outros conflitos mortais.
Pessoas inocentes forçadas a deixar suas casas
Para Grandi, a marca de 100 milhões deve servir como um chamado à ação para resolução e prevenção de conflitos, fim de perseguição e o enfrentamento das causas que levam pessoas inocentes a terem que abandonar suas casas.
Os dados foram divulgados pelo Acnur neste domingo, em Genebra, indicando que o número de mulheres, homens, crianças, jovens e idosos que fugiram de seus lares por causa de ondas de violência até o fim do ano foi de 90 milhões.
Dentre os casos mais frequentes estão Etiópia, Burkina Fasso, Mianmar, Nigéria, Afeganistão e República Democrática do Congo.
Compaixão das pessoas
Somente a guerra na Ucrânia, que começou após a Rússia atacar o país em 24 de fevereiro, já causou o deslocamento de 8 milhões de pessoas dentro da Ucrânia.
Mais de 6 milhões de ucranianos fugiram do país para nações vizinhas.
Grandi disse que a resposta internacional aos refugiados na Ucrânia tem sido “enormemente positiva”. Ele citou compaixão das pessoas que estão acolhendo os ucranianos, mas lembrou que a ajuda humanitária não é a cura, mas apenas um paliativo.
O chefe do Acnur ressaltou que a resposta está na segurança e na estabilidade política.
Em 16 de junho, o Acnur deverá lançar o seu Relatório Global de Tendências delineando uma série de dados globais, regionais e nacionais sobre o número de deslocamentos forçados para 2021 e atualizações que vão até abril deste ano.