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Novo delegado de Paraty promete ‘sufoco total’ contra a criminalidade

Por Mônica Vieira
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PARATY

A 167ª Delegacia de Polícia está com novo delegado. O titular é André Luiz de Souza Neves, de 32 anos, que entra como sucessor do delegado Uriel de Alcântara Machado. A reportagem do A VOZ DA CIDADE conversou com exclusividade, com a autoridade policial, que falou sobre o seu primeiro mês na região da Costa Verde; o que já foi realizado e qual seu objetivo. “Sufoco total”, garante. André citou que já conseguiu desvendar um homem que furtou aproximadamente 16 igrejas evangélicas em menos de um mês em Paraty e citou um dos grandes marcos de sua carreira de 10 anos como policial, quando orquestrou uma operação responsável pela apreensão de cerca de 40 milhões de bolívares, o equivalente a R$ 12 milhões pelo câmbio de 2017 (ano da operação).

Segundo o delegado, ele chegou no dia 6 de agosto deste ano e vem da 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana. André também atuou como delegado na 11ª DP da Rocinha, estando em sua inauguração, assim como da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), também da Rocinha, onde foi realizada a operação GÊNESIS, que conseguiu indiciar mais de 50 traficantes da comunidade e culminou com a prisão de um dos chefes do tráfico. André também atuou no ano de 2016 (na Delegacia do Turista) na investigação de quatro nadadores durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Os atletas teriam inventado um assalto, tendo grande repercussão mundial na ocasião, sendo que ficou elucidado no inquérito que, na verdade, havia ocorrido apenas uma confusão (briga/desentendimento) em um posto de combustíveis. “Atuo como policial civil há aproximadamente 10 anos e atuei como inspetor antes de ser delegado, em diversas unidades da polícia, lotado, por exemplo, na Delegacia de Homicídio da Capital, 77ª DP de Niterói e também na baixada Fluminense”, disse.

O delegado André Neves também coordenou uma operação no dia 13 de março de 2017 na favela do Caju, zona portuária do Rio de Janeiro. Na ocasião, 40 milhões de bolívares, o equivalente a R$ 12 milhões, foram apreendidos. Eles estavam em várias malas espalhadas nos bancos e no porta-malas de dois carros roubados. A polícia chegou à favela depois de receber denúncia anônima. Na ação, houve troca de tiros com os traficantes da região, mas ninguém foi preso ou ferido. Os carros e o dinheiro foram levados para a delegacia.

Questionado por Paraty ser uma cidade tranquila comparada as áreas de atuação do policial, ele lembra que apesar da diferença, ela, vez o outra, apresenta casos de grande repercussão, citando o caso do jovem Tovick Coelho, de 16 anos, morto no ano passado. “O inquérito foi aberto e apurado pelo delegado Uriel. Após constatação de que a bala que matou o rapaz partiu da arma de um policial militar, ele foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e eu encaminhei o inquérito para o Ministério Público do Rio de Janeiro”, contou.

O delegado explicou ainda que já identificou quatro suspeitos de assaltarem recentemente uma joalheria no Centro Histórico de Paraty. Sendo que um já se encontra preso. “Além disso, já realizamos oito ações, sendo sete pessoas presas em flagrante”, informou o delegado, ressaltando que também foi detido um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), vindo, como ‘mula’, de Ubatuba (São Paulo), trazendo drogas para um hotel em Trindade (o proprietário do local também foi detido na época). “Já identificamos também uma quadrilha de roubo de carros, que vem da comunidade do Belém, em Angra dos Reis, para Paraty. Depois do descobrimento, eles pararam de praticar assaltos na região”, disse André, afirmando que esse primeiro mês de trabalho foi bem produtivo. “Toda equipe que trabalha comigo vem da Capital, tem um ritmo bom. Queremos dar continuidade ao excelente trabalho que o Uriel fez. Ele é um ótimo delegado, sou admirador da pessoa dele e vejo que ele fez diferença aqui em Paraty. Os números comprovam isso. Certamente um dos expoentes na nova geração de delegados”, confessou o novo delegado, frisando que pegou a 167ª DP totalmente estruturada.


FURTO A 16 IGREJAS EVANGÉLICAS

André contou que recentemente identificou um criminoso do Rio de Janeiro que cometeu pelo menos 16 furtos em igrejas evangélicas de Paraty, todas em um período de cerca de um mês. Segundo o delegado, o homem se aproximava do espaço, frequentava o local, mostrando interesse na religião, depois voltava na parte de noite e subtraia os aparelhos de som. “O homem disse que pela convicção dele, ele não tinha problemas em fazer isso, após ser questionado. Ele cometeu uma série de furtos em igrejas também da região, e outros 20 furtos em igrejas de Miguel Pereira, onde o autor foi capturado”, falou o policial. “Ele estudava a cidade do interior, via os dias dos cultos, as entradas e saídas, e realizava o furto. Depois, via facilidade também em vender os materiais. Em uma igreja, por exemplo, o prejuízo foi de cerca de R$ 50 mil”, destacou o delegado, pedindo, inclusive, que se houve o furto em alguma igreja e que o pastor não tenha feito o registro, faça, pois a polícia precisar ter conhecimento dos crimes cometidos.

SEM TRÉGUA

O delegado concluiu que trabalhará em Paraty com mesma garra que atuava na Capital. “Sufoco total. Não vamos permitir nenhuma ilegalidade na nossa área”, disse, pedindo que a população contribua com o trabalho da polícia, denunciando qualquer tipo de informação e tendo certeza que o anonimato é garantido.

A população pode denunciar de forma anônima ao Disque Denúncia, através do telefone 0300 253 1177 ou ainda pelo aplicativo desenvolvido para celulares “Disque Denúncia RJ”, onde é possível enviar fotos e vídeos. Em breve, e polícia civil estará disponibilizando um novo canal de comunicação para a população se sentir mais segura em relatar o que tem conhecimento.

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