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Nove pessoas são presas pela Polícia Federal em Volta Redonda

Por Andre

Até o fechamento desta edição, nove pessoas tinham sido presas preventivamente e uma em flagrante por posse ilegal de arma fogo, uma espingarda, na Operação ‘Mantus’ da Polícia Federal (PF). Dos presos, um foi detido na Capital e oito na região, entre eles um em flagrante. Segundo informou o delegado Breno Adami, a ação foi deflagrada pela manhã com a finalidade de cumprir 14 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão em Volta Redonda, Barra Mansa, Resende, Itatiaia e no Rio de Janeiro. Adami, que coordenou a operação, disse ainda que o grupo agia desde 2014 nesses municípios.

Em entrevista ao A VOZ DA CIDADE, o delegado explicou que com essa operação a PF conseguiu desarticular uma organização criminosa responsável pela exploração de máquinas caça-níqueis na região. Informou que o grupo era conhecido pelos seus integrantes como “A Firma”. Disse ainda que as investigações começaram em 2014 pela Justiça Federal de Volta Redonda e em seguida as apurações foram transferidas para a Justiça Federal do Rio de Janeiro. Por esse motivo, a operação só foi deflagrada ontem.

De acordo com Breno, durante as investigações pela Delegacia de Polícia Federal de Volta Redonda, foi descoberto que o grupo criminoso era comandado por um militar reformado, identificado como sendo Guilherme da Silva Leite Júnior, o “Guilhermão”. Ele foi preso em Barra Mansa. Aposentado, contava com uma estrutura hierárquica bastante definida, segundo a polícia. “Dois integrantes cumpriam a missão de gerentes gerais e eram os responsáveis pelas decisões imediatas e pela arrecadação dos lucros obtidos com as máquinas caça-níqueis. Um deles, inclusive, mantinha subordinados imediatos para representá-lo, já tendo sido identificados pelo menos três deles”, explicou.

DIVISÃO

O delegado ressaltou ainda que, os outros integrantes se dividiam em diversas atividades, como montar cassinos, máquinas com as peças contrabandeadas, manutenção das máquinas, gerência de cassinos, apoio logístico, elo com assessoria jurídica, fornecedor de equipamentos contrabandeados, segurança e ‘conferidor de noteiros’. “Os presos vão responder por contrabando, já que as máquinas caça-níqueis apreendidas eram montadas com equipamentos que entram ilegalmente no País por organizações criminosas”, destacou o delegado, lembrando que, o nome da operação está relacionado com o nome do Deus Mantus das mitologias europeia e romana, e seria responsável por levar as pessoas à prática de jogos de azar.

Durante a operação, que contou com a participação de cerca de 110 policiais federais foi descoberto um local, em Volta Redonda, onde eram fabricadas máquinas caça-níqueis. O endereço do imóvel não foi revelado pelo delegado. Disse ainda que, tratava-se de uma fábrica com grande produção. Houve ainda, em outro local, a apreensão de 50 noteiros, ou seja, coletores de cédulas de máquinas caça níqueis, além de um simulacro de fuzil G.36 que, segundo o delegado é idêntico ao usado pela Polícia Federal e outros equipamentos contrabandeados que eram utilizados para exploração de jogos clandestinos. “Com o material apreendido ficou confirmando o alto nível de organização e penetração social do grupo, como o grande montante de lucro por eles obtido. Os investigados já foram denunciados criminalmente à Justiça, por organização criminosa e contrabando”, disse o delegado, informando que somente o PM reformado não foi encaminhado para presídio em Benfica, no Rio.

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