Nove alunos da região Sul vencem etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento

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SUL FLUMINENSE

A etapa estadual da Olimpíada do Conhecimento teve nove alunos da região Sul Fluminense vencedores. A competição encerrou na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e classificou 45 alunos como os melhores do estado do Rio. Deste montante, destacaram-se estudantes de Volta Redonda, Resende, Angra dos Reis, Valença e Barra Mansa. Para chegar ao estadual, os estudantes passaram pelas fases escolar e regional. Foram 280 competidores em 15 ocupações profissionais de todas as 27 unidades da Firjan Senai.

Na próxima fase, os melhores avaliados dessa etapa passarão por um processo de desenvolvimento e ampliação das competências profissionais e podem vir a representar a Firjan Senai na Seletiva WorldSkills (nacional), que permite aos competidores chegarem ao WorldSkills – a maior competição de educação profissional do mundo.

Ex-aluno da Firjan Senai Resende, Leandro Victor S. Marques, 18 anos, conquistou a medalha de primeiro lugar na modalidade Mecânica de Usinagem. Segundo ele, a participação da olimpíada foi importante para ampliar o networking e trabalhar até mesmo a crença em si mesmo. “Você faz contato com empresas e ingressa em um trabalho de equipe muito profundo e desafiador. A Olimpíada faz você acreditar no próprio potencial e essa experiência, sem dúvidas, é a mais enriquecedora”, disse.

Durante o evento, Léo Rodrigues, ex-aluno de joalheria da Firjan SENAI e campeão da WorldSkills em 2016, alertou os competidores de que o caminho é árduo, mas a recompensa vale a pena. “Depois de muitas renúncias e tempo me dedicando à Olimpíada, hoje sou empresário e consultor internacional. Vocês conseguem entender o orgulho que sinto ao ser respeitado e chamado para compartilhar minha experiência entre as maiores joalherias do mundo? Isso só foi possível com todo esse apoio que a Firjan Senai nos dá”, contou.

Etapas

A competição é composta de quatro etapas: escolar, regional, estadual e a seletiva para a WorldSkills. Em cada uma delas, os alunos realizaram provas nas quais precisaram mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes para superar desafios em sua área de formação, dentro de prazos e padrões de qualidade e produtividade requeridos pelo mercado de trabalho.

As 15 ocupações profissionais que integram esta edição estão alinhadas com a demanda do mercado industrial do estado do Rio e com o histórico da formação profissional da Firjan Senai nos últimos anos. São elas: Comunicação visual, Costureiro industrial do vestuário, Modelista, Construção em alvenaria, Eletricidade predial, Eletricidade industrial, Construção em estruturas metálicas, Mecânica de usinagem, Mecânica de manutenção, Soldagem ER, Soldagem MAG, Logística, Caldeiraria, Instrumentação e Panificação. Para participar, o estudante não pode ter mais de 21 anos em 2021.

Em agosto, acontece a WorldSkills 2019, na Rússia, com os alunos que começaram a competir a seletiva em 2017. Desde então, eles vêm se preparando para a competição mundial. Compõem o time Brasil dois alunos da Firjan Senai, um em Soldagem e outro em Joalheria.

 

Instrutores e alunos constroem balanço para cadeirante

Faz pouco mais de um mês que Edivandro Rocha dos Santos, 14 anos, pode brincar em um balanço adaptado para as suas necessidades. Cadeirante desde 2017, ele recebeu de um grupo formado por 12 alunos e instrutores da Firjan Senai Barra Mansa o brinquedo situado na Praça Arnaldo Lemos, na localidade Fazenda da Grama, Distrito Rio Claro. Além de construir o balanço, os participantes ainda revitalizaram o espaço que necessitava de reparos para voltar a ser frequentado.

De acordo com a pedagoga da Firjan Senai no município, Martha Rocha, a iniciativa faz parte do Circuito SIS (Senai, Indústria e Sociedade), um projeto que ocorre em nível nacional e tem como objetivo oferecer algum tipo de melhoria à comunidade por meio do desenvolvimento das competências técnicas praticadas em sala de aula. “Identificamos que essa praça estava precisando de reformas e decidimos restaurar todos os brinquedos, além de melhorar o piso e a iluminação. A ideia, entretanto, foi além e alcançou também a acessibilidade”, lembra.

Foi aí que os instrutores lembraram da história de Edivandro, jovem morador da região, diagnosticado com Distrofia Muscular de Duchenne. “Nos chegou a notícia de que ele se sentia excluído por não poder brincar na pracinha e essa informação acabou nos motivando ainda mais. Mergulhamos de cabeça no projeto e finalizamos tudo em cerca de três meses” recorda o aluno do curso Técnico em Mecânica, Felipe de Almeida Andrade.

E se de um lado alunos, instrutores e pedagoga ficaram empolgados, de outro, foi o próprio Edivandro quem adorou a surpresa. “No início ele ficou um pouco assustado, mas depois abriu o sorriso. Foi uma emoção só ver ele se divertir no balanço”, lembra a avó do menino, Sebastiana Rocha dos Santos.

 

 

 

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