NOVA iORQUE
A exposição “The Yanomami Struggle”, a luta Yanomami em tradução livre, está chamando a atenção em Nova Iorque para as ameaças sofridas pelo povo Yanomami na Amazônia. A mostra apresenta 200 fotografias feitas pela fotógrafa e ativista Claudia Andujar e mais 80 desenhos e pinturas, além de vídeos feitos por artistas e cinematografistas Yanomami.
A exposição, em cartaz no Centro de Arte Contemporânea The Shed, também inclui uma linha do tempo que retrata a história de vida de Claudia com o povo indígena. Os registros históricos chamam a atenção para a luta pela sobrevivência do povo Yanomami, que está sendo ameaçado novamente por garimpeiros.
O xamã e líder indígena Davi Kopenawa sabe da importância dessas imagens, já que elas já ajudaram no movimento pela demarcação das terras Yanomami em 1992. O antropólogo e pesquisador Agustín Fuentes destaca que a crise da floresta e do clima são importantes e que os Yanomami podem ajudar a enfrentá-las se todos aprenderem a trabalhar juntos. A frase de Kopenawa “Eu gostaria que os brancos parassem de achar que a nossa floresta está morta e que ela está localizada aqui sem razão” abre a exposição.
Claudia Andujar co-fundou a Comissão Pró-Yanomami em 1978, o que resultou na demarcação do território indígena em 1992. Antes disso, mais de 200 mil Yanomamis perderam a vida por causa de garimpo ilegal em suas aldeias. A exposição fotográfica nasceu no Instituto Moreira Salles em 2018 e percorreu Paris, Milão, Londres, Barcelona e Winterthur, na Suíça.
“Fui convidado para conhecer o trabalho exposto e fiquei impressionado com a riqueza de detalhes e a urgência da mensagem transmitida na exposição. A fotógrafa e ativista Claudia Andujar, o xamã e líder indígena Davi Kopenawa e o antropólogo e pesquisador Agustín Fuentes compartilharam suas perspectivas sobre a situação atual do povo Yanomami e as ações que podem ser tomadas para protegê-los e suas terras. Você sai da exposição com uma profunda compreensão da importância da preservação da cultura Yanomami e da floresta amazônica, e desejo de difundir a mensagem da exposição para uma audiência mais ampla”, disse o editor internacional do A VOZ DA CIDADE, Silas Avila Jr.
A mostra em Nova Iorque termina no dia 16 de abril.