BRASÍLIA/SUL FLUMINENSE
Uma federação partidária entre o União Brasil e o Progressistas foi anunciada nesta terça-feira, 29. A nova aliança, que será chamada União Progressista, será registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses e terá validade a partir das eleições de 2026. Considerada uma “superfederação”, ela reunirá o maior número de deputados federais, prefeitos e as maiores fatias de recursos públicos destinados ao financiamento de campanhas e custeio de despesas partidárias.
No Sul Fluminense, levantamento feito pelo A VOZ DA CIDADE em 17 municípios mostra que seis deles são governados por prefeitos do Progressistas (PP) e um do União Brasil. São eles: Progressistas: Tande Vieira (Resende), Aluísio d’Elias (Quatis), Antonio Francisco Neto (Volta Redonda), Babton Biondi (Rio Claro), Luciano Muniz (Pinheiral) e Rosi Silva (Vassouras). União Brasil: Maneko Artemenko (Engenheiro Paulo de Frontin).
O que é a federação partidária?
A federação partidária é a união entre dois ou mais partidos que passam a atuar de forma conjunta e permanente em todo o Brasil — nos âmbitos nacional, estadual e municipal — como se fossem um único partido. Criada pela Lei nº 14.208/2021, a federação exige compromisso de duração mínima de quatro anos, diferentemente das coligações, que se desfazem após as eleições.
Com a criação da União Progressista, os dois partidos passarão a atuar de forma integrada em votações no Congresso, nas eleições e na divisão do tempo de TV e fundo partidário. Eles terão uma única liderança nas casas legislativas e atuarão como se fossem um só partido durante toda a legislatura. Importante destacar que, mesmo federados, cada partido manterá seu nome, número, estatuto e identidade própria.
Nas eleições, os candidatos serão lançados sob o nome da federação, com uma sigla específica, mas permanecerão filiados às suas legendas de origem.
Comando interno
No primeiro momento, o comando da União Progressista será compartilhado entre o presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, e o presidente nacional do Progressistas, senador Ciro Nogueira. Em dezembro, será realizada uma eleição interna para definir o presidente definitivo da federação.
Outro tema em debate entre os membros da federação é a relação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda sem consenso.
Números da União Progressista
A nova federação contará com 109 deputados federais, 14 senadores, cerca de 1,4 mil prefeitos, seis governadores. Em valores, a União Progressista terá acesso a aproximadamente R$ 1 bilhão em recursos públicos, reforçando seu potencial de influência nas eleições de 2026.