Noel e Silvio de Carvalho são pré-candidatos a prefeito de Resende

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RESENDE

“Hoje o que vemos são políticos fabricados, novidades sem experiência. A oportunidade da novidade foi dada e muitos não se consolidaram”. Com essa afirmação Silvio de Carvalho (PDT) avisou que os ‘Carvalhos’ estão de volta a disputa eleitoral. Ele, ao lado de Noel de Carvalho (PSDB), durante entrevista ao A VOZ DA CIDADE, contou que um grupo de 21 partidos se uniu em torno de um propósito: buscar um projeto para crescimento de Resende. E desse grupo, que fazem parte lideranças políticas da cidade, sairá dois nomes – o que será candidato a prefeito e o vice para disputar as eleições de 2020. Hoje ambos são pré-candidatos a prefeito, mas não se enfrentarão. Após pesquisas e avaliações de nomes, um deles abandonará a disputa para que o outro continue lutando pela cabeça de chapa. “Ou eu ou o Silvio participaremos da luta pela chapa”, avisou Noel.

Na “disputa” entre ambos, caso o nome de Noel seja apontado como o melhor para prefeitura, Silvio de Carvalho adiantou que virá para disputa de vereador.  Já Noel disse que não aceita o cargo de vice-prefeito, mas se as pesquisas apontarem outro nome para prefeito, dará sua contribuição da melhor maneira. “É saber o tamanho do nosso sonho e a importância nossa em realizar esse sonho. Se estamos a quatro gerações com 25% a 30% dos votos da cidade é porque existe uma história. Temos que ter compromisso com ela”, apontou Silvio de Carvalho.

Questionado se após participar de diversas eleições não pensaram em dar espaço para outros nomes, Noel de Carvalho diz que seu projeto sempre foi servir às pessoas. “Mas, se chegam para me servir, estou fora. Se na frente quiserem que eu faça algum esquema, isso não. Nunca busquei recompensa financeira. Não precisamos disso na política. Meu pai dizia que podemos viver a vida inteira na política, mas nem um minuto da política. Mesmo perdendo eleições, sempre fui mais feliz do que ganhei, porque me coloquei à disposição em servir”, destacou.

Já Silvio de Carvalho ponderou se é possível abandonar uma vocação. “As pessoas questionam que sempre participamos, que somos a velha política. Os problemas é que são velhos, estou cansado de modismo. Hoje vemos políticos fabricados, novidades sem experiência, muitos não se consolidam. Mas uma cidade como Resende não pode perder tempo com alguém que está aprendendo a ser prefeito porque isso custa caro e a cidade fica atrasada. Não vemos atualmente propostas para desenvolvimento econômico, qualificação de mão de obra, na área de cultura, esporte, educação. O que temos são ações populistas”, completou.

Para Silvio, a cidade precisa ouvir pessoas e ser mais transparente. Para isso, tanto ele quanto Noel apostam em uma ideia diferente. Ao invés de elaborarem um programa de governo, farão um orçamento participativo digital, onde as pessoas determinarão aquilo que consideram mais importante para o município e, após, as ideias serão remetidas a um grupo gestor que avaliará possibilidades, retornando novamente para o aval das pessoas. Essa construção será feita via redes sociais. Noel de Carvalho lembra de suas ações com gabinete com portas abertas, Silvio aposta nisso e num governo via internet, com aplicativos para população determinar melhorias e apontar críticas.

A respeito do grupo, Noel e Silvio contaram que imaginam que haverá desistências. Dos 21 partidos que iniciaram as discussões, a metade deve desistir do projeto em conjunto. “A nossa proposta não é a vitória, porque isso já tira a legitimidade do projeto, mas queremos a construção de um projeto, onde o que as pessoas querem para o futuro é peça fundamental”, afirmou Noel de Carvalho. A escolha dos nomes de prefeito e vice será até abril do ano que vem.

Para ambos, Resende necessita de um prefeito que tenha o perfil de gestor, aliado com a experiência. E é isso que farão, a comparação com o que já foi realizado. “Vamos escolher quem fez mais ou quem mais simpatizo? Quero um gestor, ou quero só um amigo”, questionou Silvio de Carvalho.

POSSÍVEL VEREADOR

Se o nome do pai estiver melhor para a disputa, Silvio de Carvalho conta que abrirá mão para disputar uma das vagas na câmara. E isso, para ele, será um papel tão importante como tentar ser prefeito. Para Silvio, atualmente o Legislativo precisa de uma revolução. Silvio foi vereador em 1996. Venceu a prefeitura em 2004. “A câmara para mim hoje é a maior vergonha que existe na política regional, onde R$ 12 milhões foram usados para construir uma nova sede que nem é usada, que já está com sérios problemas. Não há nenhum prédio de luxo de Resende em que tenham gasto R$ 12 milhões para construir. E lá são apenas gabinetes para 17 vereadores”, contou Silvio que se desfiliou do PSDB a convite do PDT.

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