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Nissan apresenta balanço de produção ao completar dez anos da unidade de Resende

Por Carol Macedo
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RESENDE

Inaugurada em 15 de abril de 2014, a fábrica da Nissan instalada em Resende comemorou dez anos de produção e apresentou à imprensa regional, durante uma visita nesta terça-feira, dia 16, um balanço sobre a unidade, que hoje é a primeira unidade com produção 100% na América do Sul.  O complexo industrial tem sua estrutura formada por uma fábrica de veículos e uma unidade de motores, contando com um ciclo completo de produção, com capacidade de 200 mil veículos e 200 mil motores em dois turnos atualmente, que somam 2.050 colaboradores.

O complexo se prepara para sua primeira grande transformação, com o investimento de R$ 2,8 bilhões anunciado no fim do ano passado para produzir dois novos SUVs e um motor turbo e acumula a fabricação de mais de meio milhão de automóveis nesses dez anos.

O diretor sênior de Produção, Marcelo Machiori – Foto: Divulgação Cris Oliveira

Nissan foi fundada em Resende em 15 de abril de 2014 – Foto: Divulgação Cris Oliveira

 

 

 

 

 

 

É uma das poucas unidades industriais inauguradas recentemente no Brasil e que possui, dentro de suas instalações, desde área de estamparia até pistas de testes, incluindo chaparia, pintura, injeção de plásticos, montagem e inspeção de qualidade. Essas áreas foram apresentadas aos jornalistas, durante a visita, por um profissional responsável por cada setor e que detalhou o funcionamento de todos os processos de produção dos veículos.

Ao abrir o ciclo de apresentações, o gerente de logística e diretor de comunicação corporativa, Rogério Louro, destacou que a Nissan se encontra em um mercado muito disputado e dinâmico, mas que a empresa está sempre buscando crescer com consistência.  Ele afirmou que no ano passado, entre as fábricas já consolidadas no país, a Nissan foi que mais cresceu, alcançando 35%, enquanto o mercado chegou a 12%.  “E no primeiro trimestre de 2004 também fomos a fábrica que mais cresceu, chegando a 30,7%. Estamos com o Kicks, que é produzido em Resende e hoje é um dos um dos SUVs mais vendidos do Brasil, um segmento extremamente disputado e que cresceu acima do mercado. Nesse conjunto nosso pensamento é evoluir e estamos pensando no futuro.  Com o investimento de R$ 2,8 bilhões, Resende tem tudo para ser cada vez mais um hub de exportação. Essa unidade reúne o DNA japonês com a habilidade brasileira”, pontuou.

De acordo com o diretor sênior de Produção, Marcelo Machiori, a Nissan tem por ambição abastecer todo o mercado Sul Americano e também aumentar a sua capacidade de exportação para outros países, considerando que hoje existem unidades da fabricante no México, Estados Unidos e em todos os continentes. Ele destaca ainda que o complexo tem uma fábrica completa com capacidade de produzir até 32 veículos por hora, o que dá uma capacidade de 115 mil carros em dois turnos, podendo chegar a 150 mil, se houver três


“Se todos perceberam nós temos espaço para construir uma segunda fábrica e esse potencial de crescer é importante para o mercado. Hoje temos uma fábrica full, que não é só montagem, mas tem o motor 1,6, todas as peças em lâmina, estampa e carroceria. O coração do carro é montado na unidade”, observou o diretor, ao acrescentar que a empresa só utiliza robôs que sejam para movimentos que possam contribuir com um esforço menor por parte dos colaboradores e que todos os processos de produção da Nissan em Resende utilizam energia 100% de origem eólica.

Letramento racial, equidade e diversidade

A Nissan tem a diversidade como um dos seus pilares fundamentais e está caminhando para se tornar a empresa cada vez mais diversa, inclusiva e com equidade de oportunidades. Em Resende a participação das mulheres correspondia em 2021 a 9,6% do total de funcionários da fábrica; em 2024 esse número aumentou para 20%, sendo 14% (180) na operação e 12% (32) na liderança.

Foto: Divulgação Cris Oliveira

O diretor também destacou a parada feita na produção para o letramento racial, com base em uma lei já existente, que teve a presença dos colaboradores acima de 98% e também o letramento sobre o LGBTQIA+, que também teve promoção da inclusão na linha de montagem, na parte das faixas de pedestres do Complexo Industrial, que tradicionalmente tinham a cor branca e foram pintadas com as cores do arco-íris que simbolizam o movimento LGBTQIA+.

Com foco nas pessoas com deficiência, a Nissan ainda realizou, com o apoio do grupo de voluntários, treinamento de LIBRAS (Língua Brasileiras de Sinais) a mais de 60 funcionários. Recentemente, a fábrica passou a adotar o ICOM, uma ferramenta de tecnologia assistiva para o auxílio da comunicação de deficientes auditivos.

Foto: Divulgação Cris Oliveira

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A unidade industrial em números

  • Inauguração: 15 de abril de 2014
  • Área total: 3.050.000 m2
  • Área construída: 220.000 m2
  • Capacidade de produção: 200.000 veículos e 200.000 motores em três turnos (atualmente, opera em dois turnos)
  • Funcionários: 2.050 (3.000 incluindo terceiros)
  • Automatização: 113 robôs e 176 AGVs (Automatic Guided Vehicles), robôs autoguiados que conduzem carrinhos de peças e plataformas
  • Veículos: Nissan Kicks
  • Motores: 1.6 16V flexfuel
  • 619.453 veículos produzidos (até março de 2024)
  • 604.940 motores produzidos (até março de 2024)
  • 90.745 veículos exportados (até fevereiro de 2024)
  • 405 dias sem acidentes com afastamento – recorde anterior era 275 dias

Visita da imprensa ontem na Nissan – Foto: Divulgação Cris Oliveira

 

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