Neurologista alerta para sinais de doenças raras na infância

Em palestra na Expo VR, médica destacou a importância da observação atenta e da intuição dos cuidadores

Por Tânia Cruz
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VOLTA REDONDA
Na tarde deste sábado, dia 2, a neurologista pediátrica Clarissa Fortes conduziu uma palestra na Expo VR, na Ilha São João, abordando os desafios das doenças raras na infância. Durante a apresentação, a médica destacou a importância de observar sinais atípicos no desenvolvimento infantil e reforçou o papel fundamental dos cuidadores no processo diagnóstico. Segundo ela, a persistência de sintomas fora do padrão ou episódios de regressão no desenvolvimento não devem ser ignorados. “A progressão, a persistência e a atipicidade são os maiores indícios de que algo precisa ser investigado”, afirmou.
Clarissa alertou que, embora cada criança tenha seu próprio ritmo de desenvolvimento, há limites que precisam ser respeitados. “Não é normal uma criança começar a andar só aos três anos. Se eu tenho um paciente com uma doença rara e não investigo, posso estar perdendo uma chance de ajudar.”
Entre os sintomas que merecem atenção, a médica citou crises convulsivas, alterações no tônus muscular, problemas de equilíbrio e coordenação, cabeça fora do padrão de crescimento, vômitos recorrentes sem causa aparente e dificuldade no ganho de peso ou perda excessiva de peso.
UM DOS PONTOS CENTARIS
Um dos pontos centrais da palestra foi a valorização da percepção dos pais e responsáveis. Clarissa enfatizou que são, em geral, os cuidadores os primeiros a perceber que há algo fora do comum com a criança. “Confie na sua intuição. Os responsáveis são sempre os melhores para identificar que algo não está normal. Eles sabem se a criança está reagindo bem ou se está diferente do que era antes.” Para a médica, escutar com atenção o relato da família e considerar o histórico clínico da criança são etapas essenciais na construção do diagnóstico.
A neurologista também reforçou a importância da rede de apoio emocional e informativo para famílias que lidam com doenças raras. “Pessoas raras precisam se agrupar. Procurem associações, grupos e locais onde outras pessoas enfrentam a mesma realidade. Isso ajuda a fortalecer o enfrentamento da doença.”
Encerrando a palestra, ela recomendou que qualquer sinal de atraso ou regressão no desenvolvimento deve ser levado imediatamente a um pediatra ou neurologista infantil, sem esperar que a situação se agrave.
A Expo VR segue com programação gratuita até este domingo, dia 3, reunindo atrações culturais, educativas e de saúde para todas as idades, na Ilha São João, em Volta Redonda. A agenda completa está disponível no site www.expovr.com.br.

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