SUL FLUMINENSE
O Natal está chegando e quem ainda não garantiu o presente deve contribuir para uma máxima do brasileiro: realizar tudo na última hora. Com as compras de Natal não será diferente, afinal são esperados que 13,2 milhões de brasileiros realizem suas compras nesta reta final para o Natal. O dado é da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e o Serviço de Proteção ao Consumidor (CNDL/SPC). A razão da correria até terça-feira tem como justificativas a chance de encontrar mais promoções e também ter no bolso o reforço da segunda parcela do abono de Natal. Muitos trabalhadores receberam nesta sexta-feira o restante do décimo terceiro. O dado corresponde a 10% dos consumidores que têm a intenção de presentear alguém no Natal, número próximo aos 8% do ano passado.
A expectativa por promoções é a principal justificativa para 48% dos entrevistados. Outros 20% alegam que esperavam o décimo terceiro, enquanto 12% alegam falta de tempo. Há ainda 11% de entrevistados que admitem falta de organização e 10% que culpam a preguiça de fazer compras. “Recebi o décimo terceiro e agora posso tentar comprar o presente do meu marido e da minha filha. Aguardei até a gora exclusivamente pela falta de dinheiro e vou escolher algo barato. A meta é gastar até R$ 400. Eu preciso e quero me presentear também”, disse a consultora de joias, Samara Manuela. Nesta sexta-feira não faltou foi gente ansiosa por garantir as compras, temendo escassez de produtos. “Saímos hoje pela questão de folga no serviço, então, era uma questão de tempo mesmo. Está tudo muito movimentado, mas quero achar logo a bolsa ideal pra minha filha e uma camisa para o marido. Não quero correr o risco de ter que voltar ao shopping na segunda ou terça, vai estar o caos”, projeta a professora Nair Madeiro.
COMPRA PLANEJADA
Na avaliação da economista Marcela Kawauti, deixar para comprar os presentes natalinos em cima da hora acaba fazendo com que o consumidor não tenha tempo para se ater a detalhes importantes, como pesquisar preços de diferentes marcas ou lojas. “A pressa é inimiga do planejamento financeiro. O recomendado é preparar uma lista de todos os presenteados, estipular o quanto se pode gastar e sair de casa com o dinheiro contado”, afirma. Para o educador financeiro, José Vignoli, os ‘atrasadinhos’ correm o risco de não encontrar o que desejam. “Ao deixar para a última hora, o consumidor também corre o risco de não encontrar o produto desejado. Com as lojas cheias, alguns produtos ficam sem estoque e o consumidor, para não deixar a data passar em branco, pode acabar comprando algo mais caro e que extrapola a sua capacidade do orçamento”, alerta.
VENDAS ON-LINE: PRAZO DE ENTREGA
Quem tenta fugir das lojas físicas monitora preços pelo e-commerce. Mas, é importante frisar que pela proximidade do Natal, as lojas virtuais não tem condição de entrega antes do dia 25. “Para quem deixou para comprar aos 45 do segundo tempo, é importante saber que muitas lojas on-line já não conseguem entregar o produto antes do Natal, então este consumidor deve recorrer às lojas físicas. A dica para quem ainda não garantiu os presentes é manter a calma, reservar algumas horas do dia para analisar o orçamento e sair de casa com tempo e paciência para pesquisar”, adverte Vignoli.
