O Museu Municipal de Mangaratiba está acessível a qualquer pessoa com acesso à internet, que, de casa, pode visitar todas as suas dependências com todos os detalhes. O museu, em Mangaratiba, está no mesmo lugar, com todos os seus atrativos: arte, história e cultura de uma das cidades mais importantes do Brasil colonial. Mas a novidade tecnológica permite que as pessoas, mesmo à distância, apreciem as suas salas e obras. Além de levar o museu para as telas, o tour virtual – no ar pelo site oficial da prefeitura – (http://www.mangaratiba.rj.gov.br/tour-virtual/) também dá um importante passo para a acessibilidade de pessoas com deficiência. Com a inovação, o museu se tornou ainda mais democrático.
ARTE E TECNOLOGIA
O museu fica em um prédio que pertenceu ao Barão do Sahy, Luiz Fernandes Monteiro. Serviu, no passado, como Paço da Câmara. Calcula-se que sua construção se deu por volta do ano da emancipação do município (1831). O prédio foi tombado pelo Patrimônio Histórico Estadual em 1990 e fica na Rua Coronel Moreira da Silva número 173, no centro de Mangaratiba.
No primeiro andar, ficam a Galeria Pancetti (quatro salas com exposições frequentes), a lojinha do museu (com itens de artesanato), hall dos prefeitos (fotos de todos os chefes do executivo), o Café do Museu (onde se saboreiam deliciosos lanches).
No segundo andar, ficam a Sala dos Barões (pinturas e fotografias dos barões e comendadores da cidade e da região, além de móveis históricos), Sala Mangaratiba histórica (com objetos e achados históricos dos sítios arqueológicos que evocam o passado escravocrata), Sala Mário Peixoto (dedicada ao cineasta da obra-prima filmada em Mangaratiba, “Limite”), Sala Messias Neiva (dedicada ao mestre das artes plásticas nascido na cidade), Sala Nossa Senhora da Guia (dedicada à padroeira) e demais salas que contam a rica história da cidade.
O tour virtual dá acesso a tudo isso nas telas de computadores e celulares graças à tecnologia de uma câmera que faz registros em 360 graus. A equipe da secretaria de Ciência e Tecnologia captou as imagens e criou um software que permite a visualização das salas do museu como se o visitante estivesse percorrendo pessoalmente os ambientes. Com a ajuda do mouse ou das setas indicativas o internauta escolhe para onde ir e pode se deparar com um ou outro objeto do seu interesse e observá-lo mais de perto. Todos os ambientes do museu estão contemplados na inovação.
Hugo Dourado, subsecretário de Ciência e Tecnologia, destacou que a novidade mostra que os recursos tecnológicos devem ser empregados de modo a fortalecer os vínculos entre os cidadãos e suas tradições, e que a tecnologia não deve nunca se opor à cultura. “Agora quem nunca pôde vir ao museu não tem mais como reclamar: está tudo lá, basta acessar e aproveitar a visita”, disse ele.