Museu de Arte Moderna de Resende com inscrições abertas para ocupação em 2019

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RESENDE

Artistas plásticos que quiserem expor suas obras no Museu de Arte Moderna (MAM) de Resende precisam correr. Pelo segundo ano consecutivo, o MAM está com inscrições abertas para a ocupação temporária até o próximo dia primeiro de março.

A Prefeitura, por meio da Fundação Casa de Cultura Macedo Miranda abriu contendo informações gerais e um anexo com a estrutura da proposta a ser enviada. Os interessados em integrar o Calendário Anual 2019 podem fazer a inscrição pessoalmente, na sede do MAM localizada na Rua Dr. Cunha Ferreira, n.º 104, no Centro Histórico da cidade, de segunda a sexta-feira, das 10 às 18 horas. Os projetos também podem ser enviados pelo e-mail [email protected].

De acordo com o presidente da Fundação, Thiago Zaidan, o objetivo da abertura do espaço, feita anualmente, é estimular a produção de artes plásticas e visuais, além de divulgar os trabalhos e dar acesso aos artistas plásticos e visuais de todo território nacional. A ocupação ainda concede aos mesmos expositores vencedores do edital a oportunidade de oferecerem oficinas gratuitas para a população aos sábados.

Conforme o previsto no edital, a comissão que fica responsável por avaliar as propostas analisará os seguintes critérios: adequação do projeto ao espaço físico; qualificação do projeto (qualidade técnica); expectativa de interesse do público: projeto inédito e atratividade do tema; perspectiva de contribuição ao enriquecimento sociocultural ao município de Resende-RJ; adequação à imagem institucional do MAM Resende; contrapartida de Oficinas Gratuitas aos sábados para a população. “Sabemos que não só na região, mas em todo o Brasil há muitos artistas de qualidade, prontos para exibir seus trabalhos. A abertura do edital para ocupação do MAM permite que a Prefeitura, por intermédio da FCCMM, democratize um importante espaço de cultura disponível e que esses artistas tenham a oportunidade de ganhar seu devido destaque. Além disso, também é uma forma de levar uma variedade artística a nossa população”, explica o presidente da Fundação.

Os períodos em aberto para receber as exposições são de março a abril, junho a julho e agosto a setembro.

O edital na íntegra pode ser acessado no site da prefeitura, seguindo os ícones: Menu > Governo > Órgãos e Secretarias > Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda > Mais > 2019. Para mais informações, é possível entrar em contato através do telefone: (24) 3360-6155.

MAM VAI COMPLETAR 69 ANOS

O Museu de Arte Moderna de Resende completa 69 anos de fundação no próximo dia 19 de abril. Ele foi fundado em 1950 pelo escritor Marques Rebelo e ocupa uma antiga casa no Centro Histórico de Resende e é mantido pela Prefeitura que fez a aquisição do primeiro quadro, um óleo de Iberê Camargo. O MAM foi o segundo a ser inaugurado fora de uma capital no Brasil, depois do de Cataguases, e o quarto do país.

Criado em 1950, através da Lei Municipal nº 100, o MAM é cadastrado no Instituto Brasileiro de Museus. O MAM foi criado por inspiração do jornalista Marques Rebelo – pseudônimo literário de Eddy Dias da Cruz-, com apoio do escritor resendense José Carlos Macedo Miranda, que dá nome à Casa da Cultura, o museu sempre teve destaque no cenário nacional por ter sido surgido numa época de grande efervescência cultural no Brasil. Tanta notoriedade tem ainda um outro forte motivo: de acordo com o livro “Museus Acolhem o Moderno”, da professora e museóloga Maria Cecília França Lourenço, o Museu de Arte Moderna de Resende foi primeiro a ser criado no interior e quarto no país.

Com mais de 60 décadas de história, o Museu promove oficinas de fotografia, desenho e arte digital; lançamento de livros; e visitas guiadas, além de atividades voltadas exclusivamente para o público infantil e infanto-juvenil, como o projeto Férias no MAM.

REABERTURA

Após dois anos de atividade, a ausência de um local especialmente destinado para abrigar suas obras, aliado à falta de infraestrutura adequada, contribuíram para que o MAM de Resende tivesse suas atividades interrompidas em 1952. Vinte e dois anos depois, em 1974, ele reabre suas portas com a colaboração de pessoas ligadas a cultura e artistas plásticos como Augusto Rodrigues e Carlos Scliar, que doou à instituição, em 1976, parte de seu acervo particular, com obras de Zaluar, Glauco Rodrigues, Aldo Bonadei, Bianchetti, Paulo Laender, Flávio Shiró Tanaka, Poteiro, Inimá de Paula, José Paulo da Fonseca, Regina Vater e Ivan Marchetti, entre outros.

Além das doações, a Prefeitura também fez aquisições importantes para o acervo, sendo a primeira delas um óleo sobre tela de Iberê Camargo, seguido de trabalhos de Tarsila do Amaral, Santa Rosa, Alberto da Veiga, Guinard, Oswaldo Göeldi, Alfredo Ceschiatti, Lasar Segall, Poty, Liesler, Marcelo Grassman, Yllen Kerr, Luis Jardim, Isabell Pons, Frank Schaeffer, Axel Leskoschek e Polly Mac Donnell.

 

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