ESTADO/SUL FLUMINENSE
O Governo do Estado entregou, na segunda-feira, dia 19, 480 câmeras que servirão para monitorar a fauna fluminense em unidades de conservação estaduais e municipais. Além dos registros visuais que otimizam as políticas de conservação, o material contribuirá para a atualização da Lista da Fauna Ameaçada do Estado do Rio de Janeiro, resultando na publicação de um livro.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi, todos os municípios fluminenses receberão câmeras para o monitoramento, além das unidades de conservação estaduais como os Parques Estaduais Cunhambebe, na Costa Verde, dos Três Picos, na Região Serrana, e o Refúgio da Vida Silvestre do Médio Paraíba. Destacou ainda que a última lista de fauna ameaçada foi publicada no ano de 1998 pela secretaria. “O novo levantamento é considerado essencial para orientar ações de preservação ambiental e acabarmos com os 27 anos de defasagem nos estudos”, destacou o secretário.
ENTREGAS DAS CÂMERAS
O governador Cláudio Castro informou que as entregas das câmeras acontecem no âmbito do projeto Fauna Ameaçada, da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, capitaneadas pela Subsecretaria de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade. Explicou que essas entrega representa um avanço importante na preservação da biodiversidade e com as câmeras e equipamentos de manejo, teremos dados mais precisos e atualizados, fundamentais para orientar políticas públicas eficazes e garantir a proteção das espécies ameaçadas. As medidas integram o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio, que está sendo realizado pelo Governo do Estado. Estamos preparando um pacote de ações para os próximos cinco anos”, declarou o governador Cláudio Castro.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) ficará encarregado pela distribuição dos novos equipamentos, que serão instalados em pontos estratégicos da mata. Em conjunto com as armadilhas fotográficas, a secretaria também entregou equipamentos de manejo de fauna como: caixas de transporte, puçás e pinções, que serão utilizados pelos guarda-parques estaduais.
O levantamento e monitoramento da fauna silvestre no estado integra o Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio de Janeiro, que está sendo construído pela coordenação da secretaria. O plano busca idealizar ações para a conservação da biodiversidade do estado, entre 2025 e 2030.
A previsão é que o Livro da Fauna Ameaçada no RJ fique pronto em até dois anos. Uma empresa especializada será contratada, via edital público, para auxiliar na análise e organização desses dados.
Mais de 1.300 espécies de animais vertebrados já foram identificadas na Mata Atlântica, que também é considerada um dos ecossistemas mais ameaçados no planeta. Dessas, aproximadamente 620 são espécies de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 260 de mamíferos, como a onça parda e o mico-leão-dourado, atualmente ameaçados de extinção.





