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Municípios da região aguardam portaria da Secretaria de Saúde do Estado sobre vacinas contra a dengue

Por Carol Macedo
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 SUL FLUMINENSE/BRASÍLIA

As secretarias de Saúde do Médio Paraíba estão aguardando a portaria e a notificação da Secretaria de Saúde Estadual sobre as vacinas da dengue que chegaram neste sábado, dia 20, ao Brasil. A primeira remessa, com cerca de 750 mil doses, serão disponibilizadas pelo SUS e fazem parte de um total de 1,32 milhão de doses da vacina fornecidas pela farmacêutica Takeda sem cobrança ao Ministério da Saúde.

O público-alvo, em 2024, serão crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, depois de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Anvisa. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

De acordo com o coordenador da Vigilância em Saúde de Volta Redonda, o médico sanitarista Carlos Vasconcellos, ainda que, inicialmente, a vacina não seja para toda população, as primeiras doses já serão um grande reforço no combate à doença.  Apesar de sabermos que a vacina não vai vir em uma quantidade que dê para suprir toda a população, porque o fabricante não tem capacidade de entrega suficiente para o Brasil, a informação é que nesse primeiro momento será voltada para adolescentes que, em sua maioria não tiveram a doença e pela falta de imunidade ainda podem contrair. Por ser uma cidade de grande porte, com adensamento urbano com maior risco de pessoas contraírem a doença, Volta Redonda deve receber”, disse o médico ao A VOZ DA CIDADE.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, uma segunda remessa, com 570 mil doses, tem previsão para ser entregue em fevereiro. Além dessas, o setor adquiriu um quantitativo total disponível pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses – que, de acordo com a previsão informada pela empresa, serão entregues ao longo do ano, até novembro.


Diante da capacidade limitada de fabricação de doses da vacina, cerca de 3,2 milhões de pessoas devem ser vacinadas em 2024, já que o imunizante precisa de duas doses, com intervalo mínimo de três meses.

A remessa recebida neste sábado irá passar pelo processo de liberação da Alfândega e da Anvisa, em seguida sendo enviada para o Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). O Ministério da Saúde solicitou prioridade nestas etapas e a previsão é que todo o desembaraço seja concluído ao longo da próxima semana.

As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses. A lista dos municípios e a estratégia de vacinação serão informadas pelo Ministério da Saúde nos próximos dias. A previsão é que as primeiras doses sejam aplicadas em fevereiro.

O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público universal. O Ministério da Saúde incorporou a vacina contra a dengue em dezembro de 2023. A inclusão foi analisada de forma célere pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no SUS), que recomendou pela incorporação.

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