Mulheres suspeitas de espancar criança em Porto Real serão apresentadas em audiência de custódia

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PORTO REAL

O delegado titular da 100ª Delegacia de Polícia (DP), Marcelo Nunes Ribeiro, informou, na manhã desta terça-feira, dia 20, que serão apresentadas no período da tarde, na Cadeia Pública de Volta Redonda para audiência de custódia, as duas mulheres, de 28 e 25 anos, suspeitas de terem espancados uma criança, de seis anos, no bairro Jardim das Acácias. A mãe da vítima e a companheira, confessaram o crime após a menina passar mal na madrugada de segunda-feira, dia 19, e ser internada em estado grave no Hospital Municipal São Francisco de Assis.

As mulheres foram presas por policiais do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM) em suas casas, no bairro Jardim das Acácias, algumas horas após serem acionados pela Guarda Municipal, de que a criança teria dado entrada na unidade hospitalar vítima de espancamento. A companheira da mãe da vítima ainda tentou fugir pelos fundos, mas foi detida.

Segundo Marcelo Nunes Ribeiro, as mulheres confessaram que as agressões a criança teriam iniciado na sexta-feira, dia 16. “As suspeitas friamente confessaram a série de agressões, entre elas, socos, pontapés e com o fio de TV a cabo. Na sexta-feira, elas teriam jogaram a vítima contra a parede. Já a companheira da mãe da vítima, teria lançado a criança de um barranco de sete metros de altura. Uma crueldade”, disse o delegado, acrescentando que a mãe da criança, só chorou no final do depoimento. “No decorrer do depoimento ela não chorou, só quando falei que ela também seria presa”, comentou.

O delegado ainda informou que as mulheres alegaram que a motivação para a agressão seria o mal comportamento da criança e ciúmes. “O motivo alegado por elas seria o mal comportamento da criança que foi se alimentar com leite na sexta-feira e derrubou. Esta seria a situação que deu início as agressões. A mãe da vítima ainda contou que a companheira estaria sentindo ciúmes dela com a criança. Provavelmente, os dois fatos motivaram a agressão. No entanto, nada se justifica. Mas elas alegaram isso quando confessaram as agressões”, contou Ribeiro, acrescentando ainda que as suspeitas não contam o porquê de tanta violência contra a vítima. “Elas não falam nada sobre isso. É a violência pela violência, pura e simples”, completou.

A sogra da mãe da vítima, que foi autuada por omissão de socorro e vai responder em liberdade, disse em depoimento na Delegacia que não comunicou a agressão por medo da filha. “Ela disse que tinha medo porque a filha é violenta e de que a agredisse. Mas eu entendi que a mãe tem que responder por omissão por não ter comunicado a agressão”, disse o delegado, acrescentando que as mulheres, estão morando a pouco tempo em Porto Real. “As mulheres vieram de Duque de Caxias e estão morando em Porto Real há um ano, na casa da sogra da mãe da criança, no bairro Jardim das Acácias”, informou.

ESTADO DE SAÚDE DA CRIANÇA É GRAVE

A Prefeitura de Porto Real, em Nota Informativa, disse que a criança, de seis anos, foi transferida do Hospital Municipal São Francisco de Assis para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Infantil, no Hospital particular Neovida – Centro Infantil de Terapia Intensiva, anexo ao Hospital Samer, em Resende, no início da madrugada desta terça-feira, dia 20.

Segundo a prefeitura, a menina deu entrada no Hospital Geral Municipal São Francisco de Assis, por volta das 12h55min de segunda-feira, dia 19 e seu estado de saúde é grave. “A criança chegou a unidade com o estado de saúde delicado. Segundo relatos dos profissionais, a criança deu entrada em coma, apresentando um quadro muito grave e com diversas lesões pelo corpo. Foi realizada uma tomografia e os profissionais constataram uma lesão neurológica muito grave. Através de uma parceria do município de Porto Real, a criança foi levada para uma UTI infantil no Hospital particular Neovida”, informava a nota, acrescentando que “até o momento o quadro clínico da criança está inalterado, com o prognóstico reservado, porém estável”.

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