BARRA MANSA
A Igreja Metodista do bairro Vila Nova, em Barra Mansa, promoveu um encontro de mulheres que debateu a prevenção do suicídio. Intitulada ‘Roda de Conversa Entre Elas – Se Precisar, Peça Ajuda’, o evento, aberto para comunidade, reuniu cerca de 70 pessoas no sábado, dia 30 de setembro, no salão da igreja.
A roda de conversa foi promovida pela Sociedade de Mulheres e pelo Ministério de Ação Social. A presidente da sociedade, Alcione Rosa, destacou que assuntos delicados precisam ser tratados abertamente. “Foi muito importante a realização desse evento para conscientizar a população e reforçar a importância do combate à depressão e a prevenção ao suicídio. Não podemos nos calar diante do nosso papel de oferecer suporte à comunidade e assuntos como esse quando debatidos podem salvar vidas e precisam ganhar visibilidade”, apontou.
Como palestrantes estavam: a psicóloga clínica e organizacional, Milena Beliene; a teóloga e psicanalista, Cecília Pereira; a farmacêutica com experiência em saúde mental, Francielle Guerin; a farmacêutica e nutricionista, Elizangela Amado; e a graduada em Educação Física, Vanessa Pereira. A roda de conversa contou com o depoimento de uma pessoa que pensou em se suicidar.
Grande parte da população está doente mentalmente. Segundo a psicóloga, Milena Beliene, é preciso observar sinais que são apresentados para procurar ajuda ou ajudar o próximo. Esses sinais são: desesperança; desânimo em excesso; alterações extremas de humor; frases como ‘a vida não vale a pena’, ‘quero morrer’, ‘você sentirá minha falta’; uma melhora súbita demonstrando felicidade; comportamentos irresponsáveis e perigosos; mudança na rotina; dentre outros. “O mês de setembro onde debatemos fortemente esse tema acabou, porém, esse é um mês chave de um assunto que precisa ser tratado o ano todo. Somos seres multifatoriais e não podemos reduzir a ideação suicida a um só aspecto, o da doença, o medicamentoso. Depressão diferente de TDM, pode ser apenas um produto, um resultado de que algo não está bem fisiologicamente que se não tiver cuidado, reflete no corpo. Pode ser um problema biológico, financeiro, social e até cultural. Precisamos conhecer os sinais para podermos ajudar”, apontou.
A alimentação também pode ter grande influência na saúde mental. Foi isso que a nutricionista Elisangela Amado tratou. “Uma alimentação saudável e bem equilibrada é a chave de uma boa saúde mental. Alguns hábitos alimentares podem prejudicar a nossa saúde e isso acontece quando não ingerimos alguns nutrientes fundamentais para o bom funcionamento do nosso organismo”, destacou. O mesmo funciona, segundo Vanessa Pereira, para atividades físicas. Elas podem prevenir a depressão e devem também fazer parte do tratamento, se for o caso.
E um tratamento correto, quando identificada uma depressão, é melhor sempre do que se automedicar. “Cada pessoa é única, cada organismo reage de um jeito, por isso a importância de procurar um profissional capacitado para te ajudar no melhor tratamento com resultado de cura sem riscos. Não tome remédio sem prescrição médica”, disse Francielle Guerin. E a mente cuidada foi também tema do encontro. “O Senhor nos formou do pó da terra (corpo), nos deu um espírito (o que nos conecta a Ele) e alma vivente (emoções). Precisamos nos cuidar como templo, habitação do Espírito Santo, e não podemos separar nosso corpo da mente, somos um! Guarda sua mente”, sugeriu a teóloga Cecília Pereira.
A pastora responsável pela Igreja Metodista do bairro Vila Nova, Sônia Resende, disse que sair das quatro paredes da igreja e servir é a missão de toda igreja. “Quando nos unimos como comunidade para debater o Setembro Amarelo, mostramos que somos uma força de apoio e amor, prontos para iluminar o caminho da esperança e compreensão para todos que enfrentam desafios emocionais”, concluiu.