Mulher procura por irmã que foi doada a outra família após nascer

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BARRA MANSA

No auge de seus 20 anos, Ana Maria Bernardes, tomou a decisão de doar seu bebê que havia acabado de nascer, pois já tinha uma filha de dois anos e temia não conseguir sustentar as duas crianças com o salário de doméstica na época. Após 28 anos, a primeira filha de Ana Maria, Mônica Bernardes, decidiu procurar pela irmã que foi criada por outra família. Sem fotos e nomes, encontrar a irmã tem sido um desafio para ela, já que tudo o que sabe, é que ela nasceu no Hospital Santa Maria, em Barra Mansa, no dia 6 de maio de 1991.

Segundo Mônica, desde jovem ela sonhava em conhecer sua irmã. “Sempre senti falta de uma pessoa que nunca conheci, mas por muito tempo preferi deixar que a decisão de um encontro partisse dela. Mas eu cansei de esperar. Não sei se ela sabe que é adotada, e não quero acabar com a vida dela. Apenas quero saber quem ela é, se é feliz e se está bem”, desabafou, relatando que a mãe se arrepende do ato. “Minha mãe também sente vontade de conhecê-la, mas tem muito medo, então estou tomando essa iniciativa”, contou.

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Sem fotos e nomes, achar a irmã tem sido um desafio para Mônica, já que tudo o que sabe, é que ela nasceu no Hospital Santa Maria, em Barra Mansa, no dia 6 de maio de 1991 e hoje estaria com 28 anos. “Ouvi boatos de que ela ainda está morando na cidade, mas não sei isso é verdade, então não posso afirmar”, lamentou.

Ainda de acordo com Mônica, sua mãe teria relatado que ao sair do hospital, ela conversou com uma enfermeira, que lhe contou que havia um casal interessado em adotar uma criança. “O rapaz foi buscar minha irmã assim que minha mãe saiu do hospital. Tudo o que sei, é que ele fornecia remédios para o hospital e que a esposa dele estaria em depressão, pois eles já haviam tentado uma adoção e não tinham conseguido”, disse, relatando que após isso, o rapaz conseguiu a outra criança novamente e a família criou as duas.

O arrependimento

De acordo com Mônica, quando a mãe foi ao hospital ganhar a bebê, não teria dito nada a família, que ao saber o que ela pretendia fazer, foi ao local tentar impedir. “Quando meus avôs chegaram, já era tarde. Meu avô se arrepende de ter dito para minha mãe que não ajudaria com mais uma criança”, expôs, completando que a mãe sente vontade de conhecer a outra filha, mas teme a rejeição. “Minha mãe diz que na hora pareceu o mais correto a se fazer, pois ela não queria que a criança passasse por necessidades”, disse.

Mônica ainda relata que sempre imaginou a irmã. “É como se eu a conhecesse, oro todas as noites para que Deus me conceda um momento com ela”, relatou, informando que atualmente mora em Volta Redonda, no bairro Santa Cruz, e pediu para que caso alguém saiba algo a respeito dessa história e possa ter dicas de quem é sua irmã, que entre em contato pelo telefone (24) 99994-8820.

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