Mulher morre carbonizada e namorado está em estado grave no CTI

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RESENDE

O delegado titular da 89ª DP, Marcelo Nunes Ribeiro, instaurou inquérito para apurar a morte da desempregada Adriana Dias da Silva, 28 anos. O corpo dela foi encontrado carbonizado, ontem, atrás de um galpão de uma fábrica abandonada, situada na pista auxiliar da Rodovia Presidente Dutra, no Km 305, no bairro Alambari. O namorado dela, um homem que ainda não foi identificado, que seria morador do bairro Jardim Primavera, também sofreu queimaduras pelo corpo. Ele está internado em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Municipal de Emergência Henrique Sérgio Gregori, no bairro Jardim Jalisco. O homem também teve as duas córneas queimadas, ficando cego, e cortes no crânio que podem ter sido feitos por algum objeto pontiagudo, como uma faca.

Corpo foi encontrado atrás de galpão de uma fábrica desativada no bairro Alambari; homem encontrado com vida também sofreu queimaduras e um corte no crânio

Os agentes do 37º Batalhão da Polícia Militar receberam uma denúncia anônima de que havia o corpo de uma mulher incendiado dentro do galpão abandonado de uma antiga fábrica no bairro Alambari. “Seguimos para verificar a informação e encontramos o corpo queimado em uma rua atrás do local indicado. Já o outro homem, que de acordo com populares seria seu namorado, foi socorrido e encaminhado para o hospital”, contou um dos agentes que foram até o local.

Na tarde de ontem, familiares de Adriana foram até a delegacia para prestar esclarecimentos. Em entrevista ao jornal A VOZ DA CIDADE, a diarista Liberti Zenite Dias da Silva, 46 anos, contou que sua irmã, Adriana, tomava remédio controlado, pois sofria de arritmia cerebral e fazia tratamento em uma clínica da rede municipal. Ela contou ainda que a irmã costumava ficar na rua. “Minha irmã praticamente abandonou tudo; a casa e a família para ficar na rua. Ela tinha esses problemas de saúde e também tinha problemas com o álcool. Embora Adriana sempre aparecesse em minha casa e na de nossa mãe, na Fazenda da Barra III, ela às vezes saía sem dizer para onde ia e desaparecia, voltando dias depois”, disse Liberti, comentando que populares informaram que o homem que também foi queimado seria seu namorado. “Se realmente é o namorado de minha irmã nós não sabemos, pois ela não falava as coisas direito pra gente”, completou.

VISTA PELA ÚLTIMA VEZ

A diarista informou ainda, que viu Adriana pela última vez na segunda-feira, dia 25. “Minha irmã ficou o dia todo em minha casa. Ela comeu e conversamos um pouco. Depois saiu e, como sempre fazia, disse que ia embora”, disse Liberti que ficou sabendo da morte da irmã porque desconfiou do movimento de policiais em frente ao galpão abandonado.

“Estava vindo trabalhar e quando vi todo o movimento fiquei intrigada, porque minha irmã costumava ficar naquele galpão. Liguei para minha mãe e ela disse que a polícia foi até minha casa e falou que ela estava presa. Corri, pedi ajuda com meu irmão Marcelo e fomos para a delegacia. Lá, ficamos sabendo de sua morte”, informou.

De acordo com familiares, o corpo de Adriana deverá ser enterrado hoje, no Cemitério Municipal Senhor dos Passos, no bairro Alto dos Passos.

Até o fechamento desta edição, o estado de saúde do homem que estaria com Adriana era grave. De acordo com informações do Hospital de Emergência, ele passou por uma cirurgia e está sedado.

O delegado Marcelo Nunes Ribeiro informou ontem que já tiveram início as investigações para apurar o crime. “Já traçamos uma linha de investigação. No entanto, não podemos dar mais informações para não atrapalhar a apuração policial”, disse Ribeiro.

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