Mulher é queimada pelo companheiro em Angra dos Reis em crime presenciado por uma criança de nove anos

Por Mônica Vieira
a voz da cidade

ANGRA DOS REIS

Uma jovem de 20 anos teve o corpo queimado pelo próprio companheiro durante em Angra dos Reis. O caso, considerado pela Polícia Civil como tentativa de feminicídio, só foi divulgado publicamente na manhã desta terça-feira, 9, mas ocorreu na madrugada de domingo, 7. A violência aconteceu dentro da residência onde o casal vivia e ocorreu na presença de uma criança de nove anos, que estava no imóvel no momento do ataque.

De acordo com informações da Polícia Militar, equipes foram acionadas após um incêndio tomar o quarto onde o casal se encontrava. O homem alegou aos policiais que o fogo teria começado por causa de um curto-circuito no ar-condicionado. No entanto, essa versão caiu por terra minutos depois, quando a vítima, ainda em estado grave e sendo socorrida, declarou que o companheiro jogou álcool em seu corpo e ateou fogo.

A gravidade das queimaduras era evidente: a mulher apresentava cerca de 80% do corpo comprometido pelas chamas. O suspeito também sofreu queimaduras nos braços. Os dois foram levados para o Hospital da Praia Brava, onde receberam os primeiros atendimentos, e seriam transferidos ainda nesta terça-feira para o Hospital Municipal da Japuíba devido à complexidade dos ferimentos. Ambos permanecem internados.

Na delegacia, a Polícia Militar verificou que o suspeito já possuía histórico de agressões contra a vítima. Ele teve a prisão em flagrante decretada e segue internado sob custódia, aguardando evolução do quadro clínico para ser encaminhado ao sistema prisional. A ocorrência foi registrada na 166ª Delegacia de Angra dos Reis (DP), que agora está à frente das investigações.

O crime reacende discussões sobre o aumento da violência contra mulheres e coincide com uma série de casos graves registrados no estado e no país nos últimos dias. Um episódio no final de novembro terminou na segunda-feira, 8, em Miguel Pereira, com um homem preso suspeito de matar a cunhada a facadas e atacar também a própria namorada, que chegou a ficar internada, mas já recebeu alta médica. A sucessão de ocorrências reforça a urgência de políticas de prevenção, proteção às vítimas e responsabilização dos agressores.

A situação em Angra dos Reis, além da brutalidade, ganha ainda mais gravidade por ter acontecido na presença de uma criança, que agora tem acompanhamento previsto pelas autoridades competentes. O caso segue em investigação e é tratado como uma tentativa de feminicídio, crime que, segundo dados nacionais, continua crescendo e preocupa especialistas, autoridades e movimentos sociais.

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