RIO/MIGUEL PEREIRA
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitou à Justiça, quinta-feira, 8, a produção antecipada de prova pericial no parque de diversões montado no Parque Municipal Paulo Rattes, em Itaipava, Petrópolis, onde ocorreu um grave acidente que resultou na morte de um jovem de 19 anos, morador de Miguel Pereira. A tragédia aconteceu na madrugada do dia 3 de maio e envolveu múltiplas vítimas.
A ação foi proposta pela 2ª Promotoria de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis contra a empresa Crazy Park Ltda, responsável pelas atrações. O pedido se baseia no risco de que provas importantes possam ser perdidas ou adulteradas, já que o parque está instalado em área aberta, exposta às condições climáticas e com acesso facilitado, o que pode comprometer a integridade do cenário do acidente.
Na manhã do mesmo dia, 8, por volta das 6h20MIN, a Guarda Municipal flagrou dois homens acessando o parque. Um deles se identificou como engenheiro mecânico que faria uma perícia no local, mas foi conduzido à 106ª Delegacia de Polícia (DP). Conforme apuração do MPRJ, trata-se do mesmo profissional responsável pela liberação técnica das atrações, o que levantou suspeitas de tentativa de modificação ou remoção de equipamentos.
Desde o dia 5 de maio, o parque encontra-se interditado pela Polícia Civil e pelo Corpo de Bombeiros. Em ação anterior, o MPRJ já havia solicitado à Justiça a proibição da desmontagem ou retirada de brinquedos e outras estruturas até a realização completa das perícias técnicas necessárias.
Agora, o órgão ministerial requer a designação de peritos engenheiros – mecânico e elétrico – para avaliar as condições do parque, além da atuação do CREA-RJ para fiscalizar e agilizar o processo. Entre os pontos a serem apurados estão a adequação das instalações elétricas, sinalizações de segurança, equipamentos de proteção, realização de testes e o treinamento de operadores.
A morte do jovem João Victor Souza morador de Miguel Pereira gerou grande comoção na região e aumentou a pressão por rigor na fiscalização de eventos com grandes estruturas de entretenimento. A Justiça deve analisar o novo pedido nos próximos dias.
O parque afirmou cumprir todos os protocolos legais e destacou seu compromisso com a segurança dos visitantes, informando que está colaborando com as autoridades para esclarecer os fatos.
