MPRJ deflagra segunda fase da operação Robgol contra organização criminosa no Sul Fluminense

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BARRA MANSA

Hoje, dia 1° de dezembro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e da Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Barra Mansa, com o apoio da Polícia Civil do Estado, deflagrou, a segunda fase da operação “Robgol”. O objetivo da ação, coordenada pelo delegado titular da 91ª Delegacia de Polícia (DP) de Valença, Ronaldo Aparecido de Brito, é cumprir sete mandados de prisão e 13 de busca e apreensão em endereços ligados a sete integrantes de uma organização criminosa na cidade, voltada ao comércio de grandes quantidades de entorpecente e à prática de lavagem de dinheiro.

Segundo as primeiras informações, sete pessoas foram presas, cinco delas com mandados e duas em flagrante. Uma delas é um gerente do tráfico de drogas, preso em Volta Redonda. Também ocorreram prisões em Taubaté e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Dois alvos da ação seguem foragidos.
Segundo o MP, foram apreendidos dois celulares, duas máquinas de contar dinheiro e R$7.150 mil em espécie no Rio de Janeiro e R$ 210 mil em Mogi das Cruzes.
A Justiça determinou ainda o arresto de R$ 35 milhões de empresas utilizadas na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.

Segundo o MP, após a deflagração da primeira fase, a investigação foi desmembrada pelo delegado Ronaldo, quando ainda estava a frente da 90ª DP de Barra Mansa. Deu-se início à segunda fase, para apurar os principais fornecedores de drogas do estado de São Paulo para as principais cidades do Sul Fluminense, além de outros membros da organização criminosa, inclusive os responsáveis pela lavagem de dinheiro.

“De acordo com as investigações, uma das pessoas denunciadas seria a responsável pelo envio de drogas da cidade de Mogi das Cruzes para as cidades de Barra Mansa e Volta Redonda, além da Capital Fluminense, que teria lavado cerca de R$ 35 milhões em cinco anos utilizando-se de revendas de gás e água mineral no interior paulista”, disse por meio de nota o MP.

Além da decretação da prisão e busca e apreensão nas residências dos principais envolvidos, o Juízo da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital deferiu ainda o arresto e sequestro de bens da organização criminosa, consistentes em cerca de R$ 35 milhões em contas bancárias, um automóvel de luxo e fazendas utilizadas para lavar o dinheiro oriundo do tráfico de drogas.

Duas máquinas de contar dinheiro foram apreendidas hoje – Divulgação

DELEGADO FALA SOBRE A AÇÃO 

O delegado Ronaldo Aparecido lembrou que o inquérito foi aberto após apreensão de 37 quilos de cocaína na Rodovia Presidente Dutra, em Barra Mansa, para identificar os responsáveis pelo material. Com as investigações, Ronaldo apurou que a droga era de um traficante conhecido como Robgol, oriundo de Senador Camará, em Bangú. “Ele é um dos principais distribuidores de drogas para favelas da região dominadas pela facção Terceiro Comando Puro”, disse o policial.

O delegado lembrou que na primeira fase, os policiais identificaram uma mansão no bairro Laranjal, em Volta Redonda, usada como refinaria. Três homens foram presos na época (25 de setembro de 2020) com seis quilos de cocaína. “Na ocasião, Robgol estava no local, mas conseguiu fugir pulando um muro nos fundos do imóvel”, lembrou Brito. “Um dos presos é o chefe do tráfico do Vale Verde. Ainda assim, todos três foram soltos pela Justiça 20 dias após a operação”, completou.

Ainda dentro das investigações, Ronaldo prendeu no dia 30 de setembro do mesmo ano a mulher de Robgol, que estava com R$ 20 mil em espécie, oriundos do tráfico. “Novamente, quatro dias depois ela também foi solta. Mas voltou a ser presa no mesmo dia em Senador Camará em cumprimento de mandado de busca e apreensão”, frisou Brito.

Também dentro das investigações, em novembro de 2020, a Polícia Civil junto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um homem com sete quilos de cocaína de propriedade de Robgol.

Sobre a segunda fase, Ronaldo explica que após mais de um ano de investigação, conseguiu identificar os fornecedores de Taubaté e Mogi das Cruzes. Uma delas é uma empresária, proprietária de cinco empresas distribuidoras de gás, usadas para lavagem de dinheiro. “Ela recebeu centenas de milhares de reais em depósitos efetuados em cidades dos estados da Bahia e Paraíba, mais de 1.600 quilômetros do local de atuação de suas empresas”, completou o delegado. Na casa dela foram apreendidos R$ 211 mil.

Na ação de hoje, cerca de 60 agentes estão envolvidos.

Mais informações a qualquer momento.

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