Motoristas e moradores falam sobre o que esperam da decisão judicial e intervenções na rodovia do contorno

0

VOLTA REDONDA
Mesmo não tendo responsabilidade com a Rodovia do Contorno, desde o último fim de semana, o governo municipal vem dando suporte para que a via siga funcionando sem mais acidentes. No último domingo, dia 29, após o acidente de sábado, 28, que matou quatro pessoas e deixou duas feridas, a prefeitura fechou a via e nesta quarta-feira, dia 1º de fevereiro, decidiu manter a estrutura montada na estrada para tentar obrigar a redução de velocidade nos trechos mais perigosos. Essa estrutura permanecerá até que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) assuma sua responsabilidade com a rodovia conforme determinação judicial. Moradores da redondeza e motoristas que passam todos os dias pela via falaram ao A VOZ DA CIDADE sobre as decisões.
Vale ressaltar que, desde a inauguração da estrada, havia um impasse entre o Departamento de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro (DER-RJ) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) sobre de quem é a responsabilidade da rodovia. No final da tarde de terça-feira, dia 31, a Justiça decidiu que a responsabilidade pela estrada é do Dnit, órgão federal e determinou a instalação de redutores de velocidade, mas até o cumprimento da ordem judicial, a prefeitura manterá uma estrutura para aumentar a segurança na via.
Segundo determinação do juiz federal da 3ª Vara Cível de Volta Redonda, Bruno Otero Nery, o Dnit tem prazo de dez dias para iniciar as obras na rodovia, a contar da notificação, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Além disso, o órgão federal também fica como responsável pela manutenção e obras na estrada.
RODOVIA REABERTA
Vale lembrar que, hoje, a Rodovia do Contorno foi totalmente reaberta, por volta das 10h40min. De acordo com moradores da redondeza e motoristas que circulam diariamente pela localidade, não adianta a Justiça determinar um responsável pela estrada e a prefeitura colocar redutores de velocidade sem que a estrada continua a mesma, sem nenhuma estrutura e segurança.
Vale lembrar que, um laudo técnico da STMU, apresentado em novembro do ano passado, apontou diversos defeitos estruturais ao longo dos nove quilômetros da Rodovia do Contorno, como afundamentos, fissuras, trincas e rachaduras, que podem provocar novos acidentes. Além das condições precárias de manutenção e sinalização, aumentando o risco no período de chuvas. Por conta de trincas no pavimento, há um bombeamento de um fino material que compõe a base do pavimento em diversos trechos. Por isso, sobre a pista é criada uma camada de lama, mesmo em dias sem chuva, provocando a perda do controle dos veículos pelos condutores e aumentando o risco de colisão frontal.
Destacaram as pessoas ouvidas pelo A VOZ DA CIDADE que em primeiro lugar a estrada teria que receber melhorias em sua estrutura, principalmente no trecho onde ocorreu o acidente do último sábado, seguido de quebra-molas e sinalização. “Sabemos que muitos motoristas não respeitam a velocidades, mas se a estrada for boa, com quebra molas e sinalização suficiente, com certeza, os acidentes serão reduzidos”, destacou a moradora de um dos condomínios próximo ao local do acidente Ana Luísa Ribeiro, de 37 anos.
FALTA DE ESTRUTURA DA RODOVIA
A vendedora Taís Rocha, de 25 anos, é outra que se queixa da falta de estrutura da rodovia e de cuidados dos motoristas. Disse a vendedora que passa todos os dias pela rodovia para trabalhar e retornar para casa e na maioria das vezes presencia uma infração grave de algum motorista, o que pode resultar em acidente. “Recentemente havia acabado de passar pela entrada do Condomínio Jardim Mariana quando presenciou uma colisão entre dois carros. Para ela, foi pura imprudência dos envolvidos”, contou. “Graças a Deus que não foi um acidente grave. Pelo o que eu vi foi apenas dano material, mas mesmo assim poderia ter sido evitado. Além da imprudência de certos motoristas, a estrutura da via também está muito ruim”, completou, ressaltando que só sinalização não vai adiantar, já que a cada dia a estrada apresenta mais perigo.
O motorista Laércio da Silva Santos, de 59 anos, é outra que cobra melhorias para a estrada. Disse que, como é obrigado a passar todos os dias pela localidade, já presenciou alguns acidentes, uns mais graves e outros não. “Mesmo assim é preocupante. Tomara que, com essa decisão da Justiça, apontando o verdadeiro responsável pela rodovia, a situação melhore”, relatou o motorista, lembrando que ontem mesmo passou pela localidade e viu muitos motoristas, até de caminhões grandes em alta velocidade. “Isso também é um motivo para as causas dos acidentes”, declarou.
Nesta quarta-feira, a prefeitura manteve guardas municipais e funcionários da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) no local, a fim de orientar os motoristas. A STMU instalou cones, barreiras e redutores de velocidade no local. Foram montadas também espécies de “ilhas” para controle de velocidade, em um esquema que conta com a participação de policiais militares e apoio do Corpo de Bombeiros. A recomendação é que os motoristas reduzam a velocidade em toda a extensão da via, com máxima de 50 km/h.
SINALIZAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL
A STMU também implantou a sinalização vertical e horizontal, inclusive com painéis luminosos, buscando garantir orientação adequada aos condutores. O objetivo é garantir a segurança deles e de moradores dos condomínios às margens da rodovia, bem como evitar que o trânsito pesado passe a fluir pelo Centro de Volta Redonda.
Ainda nesta quarta-feira, mesmo depois de abrir a Rodovia do Contorno, fechada desde o último domingo, dia 29, a prefeitura manteve guardas municipais e funcionários da Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana (STMU) no local, a fim de orientar os motoristas. A STMU instalou cones, barreiras e redutores de velocidade na localidade. Foram montadas também espécies de “ilhas” para controlar a velocidade dos veículos, em um esquema que conta com a participação de policiais militares e apoio do Corpo de Bombeiros.
A recomendação é que os motoristas reduzam a velocidade em toda a extensão da via, com máxima de 50 km/h. A STMU também implantou a sinalização vertical e horizontal, inclusive com painéis luminosos, buscando garantir orientação adequada aos condutores. O objetivo é garantir a segurança deles e de moradores dos condomínios às margens da rodovia, bem como evitar que o trânsito pesado passe a fluir pelo Centro de Volta Redonda.

 

Deixe um Comentário