BARRA DO PIRAÍ
O homem que dirigia o carro que atropelou e matou uma mulher de 56 anos na noite desta segunda-feira, dia 1º, no km 278 da Rodovia Lúcio Meira (BR-393), na altura do distrito da Califórnia, se apresentou ontem, dia 2, de tarde na 88ª Delegacia de Polícia (DP). Na ocasião do acidente, ele também atropelou uma mulher de 54 anos, que acompanhava a vítima; ela permanece internada no Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, em observação. Na ocasião, o condutor do veículo fugiu do local sem prestar socorro. As duas andavam pelo acostamento da via e retornavam da igreja, quando foram atropeladas.
Em depoimento colhido pelo delegado titular da 88ª DP, Antonio Furtado, o motorista contou que trafegava a 50 km/h e não viu as duas mulheres no acostamento. “Ele assumiu que não parou prontamente para prestar socorro às vítimas e que estacionou o veículo um pouco à frente, numa rua transversal, retornando ao local a pé. Percebendo os populares exaltados e com medo de ser linchado, optou por não se identificar”, apurou o delegado.
Embora o motorista tenha fugido, Furtado explicou que a pena dos crimes de lesão corporal e homicídio culposos de trânsito aumenta quando o autor do fato pode prestar socorro e não o faz. Como o condutor alegou risco pessoal, uma vez que os populares estavam indignados com o ocorrido e poderiam agredi-lo, o delegado esclareceu que tal ponto deve ser investigado, o que afasta a prisão neste momento. Furtado abriu inquérito policial para apurar e esclarecer o caso, indiciando o motorista pelos crimes cometido.
“Lamento muito o ocorrido, que resultou na morte de uma mulher e deixou outra ferida. Mesmo o caso gerando comoção, precisamos trabalhar pautados na lei e verificar se o motorista realmente corria risco pessoal se socorresse as vítimas. Seguiremos apurando os fatos, ouvindo testemunhas e buscando provas. Também solicitei imagens de eventuais câmeras próximas ao local do acidente para confirmar a versão do condutor. A perícia no carro já foi feita na delegacia. E as penas destes crimes podem chegar a 8 anos de prisão”, concluiu.