RESENDE
Um motorista de aplicativo foi morto com um tiro na cabeça na tarde desta segunda-feira, dia 23, no bairro Novo Surubi, região central de Resende. A vítima, que completaria 59 anos nesta quarta-feira, dia 25, era moradora de Porto Real e foi encontrada dentro de seu carro, um Honda HR-V cinza, parado às margens de um terreno baldio na Estrada de Bulhões.
Segundo informações do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM), por volta das 13h50min, uma equipe do Posto de Policiamento Comunitário (PPC) da Vila Vicentina realizava patrulhamento quando avistou um homem correndo em direção a uma ponte de madeira. Abordado, o suspeito, de 21 anos, alegou inicialmente ter sido vítima de tentativa de homicídio.

Corpo será removido para o IML de Três Poços, em Volta Redonda – Redes Sociais
Poucos minutos depois, a Polícia Militar recebeu um chamado informando que havia um corpo com marcas de tiro dentro de um veículo próximo dali. Ao tomar conhecimento do fato, o homem abordado confessou envolvimento no crime, afirmando que estava no carro com outro suspeito, de 22 anos, que teria efetuado os disparos.
Durante buscas pela região, os policiais encontraram uma pistola escondida na vegetação e localizaram o segundo suspeito escondido em uma área de mata. O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Três Poços, em Volta Redonda, após perícia realizada por equipe do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).
Ambos os suspeitos, também moradores de Porto Real, foram levados para a 89ª Delegacia de Polícia (DP), onde o caso foi registrado.
Investigação
De acordo com o delegado titular, Michel Florochk, a dupla teria solicitado a corrida com o objetivo de cometer um assalto e exigir transferências bancárias. “Eles pediram a corrida para o bairro Surubi, que é controlado por uma facção rival, com a intenção de disfarçar a ação criminosa. Um dos suspeitos, que estava no banco de trás, atirou contra a vítima ao suspeitar de uma reação. O motorista morreu no local”, explicou o delegado.
A investigação apura se houve envolvimento de outros participantes no crime. “Queremos saber quem chamou o carro. É improvável que tenham usado seus próprios celulares. Investigamos a possibilidade de um terceiro envolvido”, afirmou Florochk.
O crime foi registrado como latrocínio- roubo seguido de morte-, mesmo sem a concretização do roubo, conforme prevê o Código Penal. “O latrocínio se consuma com a morte ou lesão grave, independentemente da subtração da rés”, destacou o delegado.
Ainda segundo Michel Florochk, o caso ganhou contornos ainda mais trágicos por envolver famílias que se conheciam. “Foi uma tragédia. A vítima e os presos são todos de Porto Real e suas famílias são amigas”, lamentou.