NACIONAL
O jurista e ministro aposentado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Waldemar Zveiter, de 92 anos, morreu neste sábado, dia 3. A morte foi confirmada pela Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj). A causa da morte não foi informada. O velório será neste domingo, dia 4, ao meio-dia, no Cemitério Israelita do Caju, na Zona Portuária. O sepultamento ocorrerá às 13 horas.
Waldemar era pai do desembargador Luiz Zveiter, atual decano do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), e do ex-deputado federal e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)-RJ, Sergio Zveiter.
O magistrado foi também presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio (OAB-RJ) e desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
Em nota, o presidente do TJRJ, desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo, lamentou a morte do jurista e decretou luto de três dias a contar a partir deste sábado.
O governador Cláudio Castro lamentou morte de Zveiter. “É com grande tristeza que recebo a notícia do falecimento de um dos mais importantes nomes da magistratura brasileira, o ministro Waldemar Zveiter, que dedicou grande parte da sua vida e história ao Direito e ao Poder Judiciário. Zveiter inspirou a todos com seus trabalhos e ensaios jurídicos. À família, aos amigos e admiradores, manifesto a solidariedade por essa perda”, compadeceu Castro.
CARREIRA
Nascido em Brazópolis (MG), Waldemar Zveiter formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Niterói, em 1957. Atuou como procurador-geral da Prefeitura de Niterói em 1965. Presidiu a OAB-RJ de 1973 a 1976. Integrou o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) na classe jurista por dois mandatos no início da década de 1980.
O ministro Waldemar Zveiter tomou posse como desembargador em 1983 no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, onde presidiu a Sétima Câmara Cível, integrou o Conselho da Magistratura e foi membro suplente da Comissão de Concurso para ingresso na Magistratura deste Tribunal. Em 1989, foi nomeado Ministro do Superior Tribunal de Justiça. Autor de numerosos pareceres, votos e estudos doutrinários publicados em repertórios especializados.
Atuou no Tribunal da Cidadania até 2001, quando se aposentou. Em 2022, a OAB Rio inaugurou uma biblioteca jurídica com o nome do jurista. O espaço conta com mais de 6,5 mil livros doados por Waldemar. Em outubro do ano passado, o plenário do Tribunal Pleno do TJRJ passou a ter o nome do jurista.