Médico Gleizer Siqueira Pimentel morre aos 65 anos

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BARRA MANSA

Faleceu na madrugada desta sexta-feira o médico geriatra Gleizer Siqueira Pimentel, aos 65 anos, em Alfenas-MG, cidade onde atualmente residia e trabalhava. Um de seus filhos, o dentista e coordenador do Centro do Idoso de Barra Mansa, Eduardo Pimentel, contou ao A VOZ DA CIDADE que o pai apresentava problemas de coração há 20 anos o que evoluiu para uma insuficiência renal crônica, tendo que passar por um transplante renal, e uma cirurgia cardíaca. Após passar 60 dias no hospital, ele sofreu uma parada cardíaca. A morte do médico está gerando muita comoção, pois segundo o filho, o jeito solidário e honesto do pai, fez com que ele se tornasse querido por onde passasse. O velório acontecerá nesta sexta-feira, dia 13, às 20 horas na Câmara Municipal de Barra Mansa e o sepultamento será no sábado, dia 14, às 11 horas no Cemitério Municipal.

Eduardo ainda disse que é muito provável que a Câmara fique lotada de gente para se despedir Gleizer, ele conta que já recebeu mais de duas mil mensagens de médicos, enfermeiros, amigos etc. “Vamos fazer uma homenagem para ele. Estavam querendo transferir o velório dele para a Quadra Municipal por causa da proporção, mas sempre foi a vontade dele ser velado na Câmara, e quero atender isso. Mas é provável que umas 500 pessoas estejam presentes”, disse.

Ainda segundo Eduardo a perda será profundamente sentida, pois ele era uma pessoa querida por todos. “É a maior dor que já senti no meu coração. Nós, filhos e netos, estamos extremamente abalados, afinal perdemos o melhor pai, médico, amigo, político e ser humano que conhecíamos”, desabafou.

QUEM ERA GLEIZER PIMENTEL

Filho de farmacêutico, Gleizer se encantou pela área da medicina vendo seu pai ajudar a curar as pessoas, com isso ele se tornou médico geriátrico e clínico geral. Não satisfeito em apenas cuidar da saúde, Gleizer também quis cuidar do bem estar do próximo. Se tornando Secretário de Saúde de Barra Mansa em 1988 e eleito vereador em 1992 (Legislatura 1993 – 1996).  Após encerrar a carreira política, ele foi embora para Minas Gerais, onde continuou se dedicando ao outro. Ao partir, o médico deixou seu legado aos seus três filhos de 37, 34 e 28 anos, sendo dois formados em odontologia, e uma cursando medicina.

Eduardo Pimentel se emocionou, ao lembrar-se dos atos solidários que o pai costumava realizar. “Ele atendia as pessoas de graça. Quem estivesse com algum problema de saúde e não pudesse pagar, ele não se importava em ajudar sem receber. Meu pai ia à casa dos outros atender as pessoas de, ele também fazia consultas na casa dele” relatou, contanto que houve ocasiões onde ocorreram acidentes na estrada e o pai, com um super herói, tirava a própria camisa para realizar os curativos das vítimas.  “Muitas vezes ele levou pessoas ensanguentadas no banco de trás do carro dele. Ele exercia a medicina com paixão e ajudava o próximo com amor”, disse.

O Coordenador do Centro do Idoso também se lembrou dos tempos do seu pai como político de Barra Mansa. “Ele era muito honesto e se tivesse que denunciar coisas erradas, ele denunciava. A intenção dele era fazer a diferença para a população”, disse, relatando que o asfaltamento da  Avenida Orlando Brandão, no Ano Bom e a Rua 5 do bairro Colônia foram obras que aconteceram a pedido de seu pai. “Ele lutou por 60 dias no hospital bravamente, dizendo que não ia morrer, mas infelizmente não teve jeito e ele teve que partir. Mas o legado que ele deixou, nunca irá morrer”, afirmou, concluindo que aprendeu com o pai o amor pelo próximo independente de crença, cor, sexualidade, e renda financeira.

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