Moradores dos bairros Açude e Santa Cruz reclamam do transporte público

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VOLTA REDONDA
Ônibus quebrados, em péssimos estado de conservação e superlotação. Esses são alguns dos inúmeros problemas que os milhares de usuários do transporte público municipal vêm sofrendo há anos. A cada dia, moradores de bairros diferentes se queixam das situações. Desta vez, as queixas foram feitas pelos moradores do Açude e Santa Cruz. Segundo os reclamantes que já estão cansados de sofrerem, principalmente com a empresa Sul Fluminense.
Um dos reclamantes é o morador do bairro Açude, André Luís, que também é diretor de esporte da Associação Moradores do Açude e funcionário do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Volta Redonda (Saae-VR). Ele relatou que todos os dias é uma luta para ir trabalhar, pois os ônibus não respeitam os horários e quando chegam ao ponto, estão superlotados. “Eu pego no serviço as 7 horas, mas tenho que sair de casa 5h50min, pois se eu não conseguir ir no de 6 horas só as 6h40min e aí não dá tempo, já que utilizo duas conduções”, reclamou.

PÉSSIMA QUALIDADE

André lembrou ainda que o ônibus da linha Nova Esperança ou Siderlândia, que passa no Retiro por volta das 6h40min, se ele perder o próximo só às 7h25min. “Um absurdo na hora de voltar para casa e uma prova de resistência, pois ficamos no mínimo mais de uma hora. É um absurdo”, reclamou.

Outra que também reclamou foi a moradora do Açude, Valéria Faria. Ela faz coro a péssima qualidade do transporte público de Volta Redonda. Disse que a comunidade está sofrendo muito. “Minha filha utiliza o transporte público para ir para escola e todos os dias tenho que acordar cedo para não perder o horário e chegar cedo na escola, pois as vezes só passa umas 6 horas e depois só as 6h45min. Isso é um desrespeito com a população uma vergonha”, reclamou.
Rafael Vieira, de 37 anos, residente no Santa Cruz, no Morro do Urubu, relatou que a população do bairro está sofrendo com o transporte público, com ônibus lotados e em péssimo estado. É uma vergonha”, criticou o morador, ressaltando que a empresa que atende o bairro não cumpre os horários e nem itinerário. “Sem contar que ficamos horas no ponto a espera de um ônibus e quando vem está lotado ou quebra no caminho. Isso atrasa a vida da população, pois chegamos no serviço atrasado e isso e descontado do nosso salário”, completou.

QUASE 30 MIL MORADORES
Os moradores lembram que o bairro Santa Cruz tem quase 30 mil habitantes e o transporte público prestado é ruim.
De acordo com o André Luis que sempre está usando suas redes sociais para reclamar e pedir melhorias, também recebe várias reclamações.
De acordo com André, em suas redes sociais, vem recebendo várias reclamações do bairro Fazendinha, onde os usuários vêm sofrendo, pois além de não respeitar os horários ainda mudam o itinerário sem comunicar aos moradores.

Os moradores do bairro Belo Horizonte também estão se queixando dos problemas enfrentados com o transporte coletivo. Disseram que nenhum horário estipulado é cumprido. Garantem os reclamantes que a comunidade está totalmente esquecida do mapa da cidade em relação ao transporte coletivo, pois várias reclamações já foram feitas e a cada dia a situação piora. Lembram que o ônibus da linha 415 deixou de cumprir horário há muito tempo.

Hoje, 29, durante entrevista a um programa de rádio, respondendo a pergunta de um ouvinte sobre o tema, o prefeito Samuca Silva, destacou que o novo edital de concorrência da empresa que substituirá a Viação Sul Fluminense será divulgado em breve, passando de dez anos a revisão para 30 anos como quer o Tribunal de Contas. Lembrou ainda que esses ajustes já estão sendo feitos para que o edital seja anunciado em breve.  Garantiu que agora o prazo não é mais a discussão, mas sim os ajustes no edital.  “Em breve estaremos anunciando o novo edital”, informou.

DECRETO DE CADUCIDADE

Vale ressaltar que devido a essas e outras reclamações de usuários, o prefeito decretou, no dia 10 de maio deste ano, a caducidade do contrato de concessão da empresa Sul Fluminense, mas como a viação segue operando graças a uma medida liminar, as fiscalizações continuam visando normalizar os serviços prestados à população. Alega o prefeito que, além da situação precária dos ônibus, cobra ainda o cumprimento do horário. A empresa detém 31 linhas de transporte na cidade.

Após o decreto da caducidade, o prefeito determinou uma nova licitação para as linhas operadas pela empresa. A Justiça, na primeira instância, concedeu liminar a favor da empresa, o que suspendeu o decreto do prefeito e adiou a licitação. A prefeitura recorreu ao Tribunal de Justiça e agora aguarda análise do recurso. Enquanto isso, as reclamações seguem.

Não foi possível contato com a Viação Sul Fluminense.

 

 

 

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