Moradores do Aero Clube reclamam de excesso de pernilongos; eles citam acúmulo de sujeira na garagem da prefeitura

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VOLTA REDONDA

Lar, doce lar. Ou não. Para quem mora no bairro Aero Clube, ficar em casa tem sido desagradável e uma tarefa difícil decorrente ao excesso de pernilongos. O problema tem afetado a saúde dos residentes e o bolso, com gastos devido à constante compra de produtos que amenizem a situação. Eles reclamam que há anos não passa um carro fumacê no local e que o acúmulo de sujeira na garagem da prefeitura também pode ser um dos agravantes.

Renata Gomes, de 37 anos, mora há cerca de dois anos no bairro. Ela conta que tem dois filhos de três e nove anos e que eles chegam a acordar de tanto se coçar.  “Todos os cômodos da casa têm remédio. Uso repelente neles, jogo spray em casa e tem também inseticidas em espiral. Faço de tudo para amenizar a situação, mas pouco resolve. Meus filhos estão feridos e fazem acompanhamento dermatológico. Quem não sabe da situação, acha que sou uma mãe descuidada, pois são tantas picadas pelo corpo que às vezes fico envergonhada de colocar shorts neles”, diz a dona de casa.

Crianças estão feridas, mostra a mãe – Divulgação

Ela conta que mora na Rua Capitão João Maurício de Medeiros. “A garagem é suja. Tem acúmulo de carros e mato. Já tampei todas as divisas que meu muro faz com ela, mas não adianta. Não resolve limpar a rua, se a garagem é um dos principais focos de sujeira que atrai os pernilongos”, completa.

Francisco Gomes, de 42 anos, mora no bairro desde que nasceu e disse que há anos o problema existe e a falta de um carro fumacê também é um dos agravantes. “A garagem é suja e os pernilongos são a toda hora do dia. É insuportável ficar dentro de casa e o gasto para a manutenção do nosso lar acaba sendo alto para tentar diminuir a presença dos insetos. Dá um aspecto de sujeira. Tem hora que ficamos com o imóvel fechado, no calor, para tentar impedir a entrada deles”, confessa.

Cristiane Maria Campos, de 39 anos, tem quatro filhos e mora na Beira-Rio. Ela também cita o problema. “A gente sabe que o Rio Paraíba do Sul, pelas margens, naturalmente causa esse tipo de problema. Mas isso poderia ser contido um pouso se passassem o fumacê. Não tenho dinheiro para ficar comprando sempre inseticida. Tento deixar a casa mais limpa o que dá, faço remédios caseiros e muito banho nas crianças. Até álcool e vinagre costumo usar”, diz a manicure.

Procurada pelo A VOZ DA CIDADE, a prefeitura disse, por meio de nota, que por conta do produto químico utilizado no carro fumacê, que também acaba sendo prejudicial ao Meio Ambiente e à fauna se utilizado em frequência inadequada, “a Vigilância Ambiental está seguindo critérios técnicos definidos pelo Ministério da Saúde (MS), que apontam que ele deve ser utilizado apenas para o combate ao Aedes Aegypti (mosquito da dengue)”, disse, completando: “Entretanto, a sua utilização precisa respeitar critérios técnicos estabelecidos pelo MS, como epidemia, alta taxa de transmissão ou alto índice de infestação, por exemplo. Critérios estes que o município não se enquadra, por isso, não tem utilizado o fumacê”, defendeu o Governo Municipal.

A prefeitura disse ainda que a ação realizada para o combate ao pernilongo é através do projeto “Meu Bairro Mais Limpo”, que, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, realiza a manutenção periódica nos bairros, como limpeza de córregos, roçada, capina e retirada de entulho, dentre outras atividades, o que os próprios moradores já relataram que aconteceu recentemente no bairro.

Já em relação a garagem, a prefeitura irá verificar a situação do local.

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