Moradores da comunidade de Macundu estão há mais de uma semana sem o transporte intermunicipal. A informação é do vereador Kléssio Alves Pery (MDB), que explica que o terceiro distrito fica a cerca de 40 quilometros de Rio Claro e, sem condições de sair do local, as pessoas estão ficando ilhadas na comunidade. A Colitur, responsável pela linha do local, justificou o fato pela falta de combustível ocasionada nacionalmente devido à paralisação dos caminhoneiros, que teve fim na última quarta-feira, dia 30.
Segundo o parlamentar, são cerca de 300 moradores na comunidade. Ele tem acompanhado desde o último dia 25 a falta de transporte e tem ido ao local se propondo a ajudar a população, levando para Rio Claro, em carro particular, para que alguns possam fazer, pelo menos, compras para casa. “É muito longe de Rio Claro. Estou colocando um carro a disposição da população, caso alguém também precise ir ao médico, tenha consulta. Banco, compra. Tudo dentro na necessidade deles”, falou.
Segundo ele, a Colitur explicou que só vai voltar com o transporte na próxima segunda-feira. “Hoje (sexta-feira), falei com um gerente de trafego do local, que reafirmou que não tem condições de voltar com a linha neste momento devido a falta de combustível”, contou, lembrando que o ônibus está parado na comunidade. “O que é ilegal”, acrescentou.
A doméstica Elizabete Vidal Antunes de Andrade conversou com o A VOZ DA CIDADE e disse que mora há 36 anos na comunidade, e que está chocada com o tempo sem transporte. “É uma situação muito difícil para os moradores. Tem uma semana que estamos sem ônibus. Dependemos dele para fazer compras, pagar conta, ir ao banco, trabalhar. E aqui é uma comunidade pequena, dependemos da condução para ir para Rio Claro”, explicou.
Segundo ela, os moradores sabem que tal fato ocorreu devido a greve dos caminhoneiros, mas estão acompanhando que a mesma já teve fim e que a vida está voltando ao normal. “E o ônibus está aqui, parado, sem condições nenhuma de levar as pessoas para Rio Claro”, disse a moradora, que se queixou também que o último ônibus que saí de Rio Claro para a comunidade e que depois não volta para a cidade. “As pessoas que trabalham em hospital, ou em outra coisa, não sai mais. Tem que pagar carro para ir ou no horário de meio dia. É professor que não vem. Criança sendo prejudicada na escola. A Colitur está deixando a desejar com todo mundo”, reclamou, dizendo que há um ano o horário da noite foi alterado.
COLITUR
O A VOZ DA CIDADE fez contato com a empresa Colitur, e obteve a confirmação dos responsáveis do setor de tráfego que toda a frota foi comprometida e reduzida devido à greve dos caminhoneiros; mas que a questão será resolvida na próxima semana.