Moradora perde parte dos móveis após forte chuva do final de semana

3

BARRA MANSA

A moradora Juciara Bruno da Silva, de 40 anos, foi uma das moradoras mais afetadas com a chuva do último sábado, dia 25, no bairro Goiabal. Segundo ela, a tempestade aconteceu por volta das 18 horas e sua casa foi tomada por cerca de um metro de água com barro, vindo, segundo ela, da obra do Condomínio Moehma. Na parte da tarde de ontem, o A VOZ DA CIDADE acompanhou o encontro entre autoridades do governo, Meio Ambiente e funcionários da construtora. Uma solução ficou de ser tomada para melhorar a situação da Rua José Batista Leal.

Juciara perdeu o guarda-roupa, armário, rack e teve um prejuízo com um sofá retrátil, que custou R$3 mil e que ela adquiriu há uma semana. “Nem paguei ainda e já, basicamente, perdi. A madeira foi toda infiltrada e ele está agarrando para abrir”, disse.

Ela contou ao A VOZ DA CIDADE que no sábado estava em casa com seu marido, quando começou uma forte chuva. A água com barro, segundo ela, foi entrando por todos os ralos da residência em velocidade rápida. “Foi um grande susto. Minha casa começou a desaparecer em meio a chuva. E com muita barata e rato por todos os cantos. Nunca vive uma coisa dessa e até agora estou assustada”, contou Juciara, que mora há pouco mais de um ano no imóvel. “Eu sou daqui do bairro, mas moro nessa casa há pouco tempo. Porém, nunca vi nada parecido aqui no Goiabal. Inclusive, essa obra desse imóvel tem mais de 18 anos e, segundo o dono, também nunca aconteceu isso”, garantiu a moradora, que já acionou uma advogada para saber quem vai arcar com seus prejuízos.

O vereador Gilmar Lelis (PRTB) esteve no bairro ontem pela manhã e também à tarde, após pedido da associação de moradores, presidida pelo Benedito Carlos e Mario Renato Chaves. O parlamentar se prontificou em identificar os responsáveis e cobrar uma solução. “Não queremos confusão, estamos aqui, pois os moradores foram afetados e precisamos que alguém se responsabiliza pelo ocorrido”, disse.

Segundo Lelis, os responsáveis pela obra não fizeram a rede fluvial e ligaram a água junto com a da rua, o que causou uma sobrecarga, dando pressão.

Por volta das 15 horas, um grupo do Instituto Nacional do Ambiente (Inea), da Secretaria de Planejamento e Susesp, estiveram na obra. O Inea não tinha autorização para falar sobre o assunto e Fernando Balduíno, diretor executivo da Susesp, informou que no mesmo dia seria realizada a limpeza, parcial da rua.

LIMPEZA

A prefeitura informou que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) e a Superintendia de Obras e Serviços Públicos (Susesp) farão uma limpeza nas ruas do bairro Goiabal que foram atingidas pela lama e barro que desceram do condomínio devido à chuva.

“Em relação à legalidade da obra, a Secretaria de Planejamento Urbano informa que o alvará de construção do Condomínio Mohema está vencido desde o dia 07 de outubro de 2017. A Caixa Econômica Federal, financiadora do empreendimento, foi notificada sobre as irregularidades constatadas”, disse em nota.

EMBARGO

Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, a obra havia sido embargada pelo Setor de Fiscalização de Obras no dia 22 de novembro de 2017, conforme documento n° G04124/2017, anexado ao processo n° 15255/2017. O motivo do embargo é a falta de alvará.

CONDOMÍNIO MOHEMA

O A VOZ DA CIDADE conversou com Anibal Comba, responsável pela empresa terceirizada que efetua a obra. Ele explicou que será feito o que for preciso e que o serviço está todo funcionando dentro da legalidade. Ele disse ainda, que entre nas Ruas Helena de Freitas e José de Alencar, já existia um problema antes da obra do condomínio começar.

“Existia um entupimento ali, que foi tampado quando fizeram o asfalto novo. Só descobrimos com a chuva. Vamos ver uma forma de minimizar o problema, e, sendo possível, vamos colocar uma válvula de retenção na casa da moradora Juciara, mesmo não sendo a nossa obrigação”, disse Anibal.

“Cerca de 80% dos nossos clientes, hoje, são do bairro, portanto não queremos confusão com os moradores. Porém, é fato que a água não invadiu a casa da moradora; um imóvel que está construído irregular; é um subsolo. Portanto, o que aconteceu foi um retorno. Mesmo assim, iremos tomar todas as medidas cabíveis desde que todos façam a sua parte a qual confere a cada um”, finalizou Anibal.

3 Comentários

  1. kkkkk esse rapaz nao sabe o que diz pois nunca teve isso no Goiabal pois fui morados por anos e ate msm na rua do canto onde e a parte mas afetada .. tinha que tomar vergonha na cara e pagar os prejuízos desta senhor e não dizer que a casa dele e uma construção irregular ..

  2. Morei nessa casa, e nunca tive esse tipo de problemas, esse indivíduo está querendo se justificar, jogando a responsabilidade sobre os outros, antes dessa obra, não havia esse historico de lamaçal naquele ponto, moro aqui a anos, cria vergonha e faz o serviço direito.

  3. Sou morador do bairro Goiabal a 30 anos, moro na rua professor jose de alencar e nunca aconteceu isso no bairro, foi so começar a obra q veio os problemas, como pode jogar toda essa agua que desce do morro direto na rede, olha como estufou o asfalto enfrente a padaria flor do bairro. Fora a lama que desce e depois poeira que não acaba.
    Faz um favor Sr Anibal vamos arcar com o prejuizo dos moradores, pois não e uma casa que esta sendo afetada pelo mal planejamento, mais sim o bairro inteiro.

Deixe um Comentário