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Montadoras anunciam paralisação; região não será afetada

Por Franciele Aleixo
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SUL FLUMINENSE
A indústria automotiva ainda passa por um novo momento de dificuldades, e voltou a anunciar paralisações de suas principais fábricas no Brasil. As montadoras Volkswagen, GM, Stellantis (que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Citröen), Mercedes-Benz e Hyundai precisaram parar a produção e colocaram funcionários em férias coletivas entre este mês e abril. O motivo atual é a alta dos juros como os aumentos da taxa básica de juros, a Selic, feitos pelo Banco Central desde 2021, que começaram a trazer consequências mais fortes para a economia. E uma delas é, justamente, a redução do consumo por meio da dificuldade de concessão de crédito.
A região Sul Fluminense conta com algumas dessas montadoras instaladas, que informaram que não farão essa medida. A Stellantis informou que as plantas de Porto Real e Betim continuam a produzir normalmente e a paralisação ocorre apenas em Pernambuco.  A medida se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à disponibilidade de componentes. “A Stellantis concederá férias coletivas na planta de Goiana, Pernambuco, liberando um dos três turnos de trabalho a partir de 22 de março, com retorno ao trabalho programado para 10 de abril. No dia 27 de março, as atividades também serão interrompidas nos demais turnos, com retorno previsto para 6 de abril. As demais plantas da empresa continuam a produzir normalmente”, diz a nota, completando que
a medida se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à disponibilidade de componentes.
A Volkswagen e a Hyundai não responderam aos questionamentos feitos pelo VOZ A CIDADE, mas a divulgação de informação. A Volks dará férias coletivas a dois mil trabalhadores que atuam na fábrica de Taubaté, São Paulo, a partir do dia 27. A paralisação da Hyndai ocorre desde segunda-feira, 20, na fábrica de Piracicaba, São Paulo. Lá também são dois mil trabalhadores.
Dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) mostram que janeiro de 2023 começou lento. Comparado ao mês anterior, houve queda de 34% nos emplacamentos de automóveis, veículos comerciais leves, caminhões e ônibus — ainda que o número seja 12% maior que o observado em janeiro de 2022. Em fevereiro, nova queda: 9% em relação a janeiro. Contra o mesmo mês de 2022, o acumulado também passou ao campo negativo: recuo de quase 2%. Considerando apenas automóveis, houve redução de 7% e 4,2%, respectivamente.
Perspectivas ruins
Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia sua decisão sobre os juros do país. A expectativa do mercado financeiro é de manutenção do atual patamar, de 13,75% ao ano. Isso significa que o custo dos financiamentos continuará elevado e segurando o mercado automotivo por mais tempo.


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