BRASÍLIA
Está suspensa a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da Polícia Federal. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a posse, a decisão é liminar – ou seja, provisória. – e foi tomada em ação movida pelo PDT.
Na decisão em que suspendeu a nomeação, Moraes citou as alegações de Moro, e afirmou que pode ter ocorrido desvio de finalidade na escolha de Ramagem, “em inobservância aos princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade e do interesse público.”
Moraes ressaltou as afirmações do ex-ministro da Justiça que dão conta de que Bolsonaro queria “ter uma pessoa do contato pessoal dele” no comando da PF, “que pudesse ligar, colher informações, colher relatórios de inteligência”.
Ramagem, que é amigo da família Bolsonaro, foi escolhido pelo presidente da República para chefiar a PF, em substituição a Maurício Valeixo. A proximidade vinha causando contestações à escolha dele para chefiar a PF, para qual entrou em 2005. A relação com o presidente e os filhos dele começou nas eleições de 2018, quando Ramagem chefiou a equipe de segurança do então candidato Bolsonaro.