RIO DE JANEIRO
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), obteve, junto à 2ª Vara Criminal de Seropédica, a prisão preventiva de Luiz Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho, pelo homicídio de André Luiz Rosa de Sousa e Leandro de Oliveira Moreno. O crime aconteceu em abril de 2022, em Seropédica, na Baixada Fluminense. Também foram denunciados Alan Ribeiro Soares, conhecido como Nanan, e Thiago Rodrigues Zarur, ambos integrantes da milícia chefiada por Luiz Antônio da Silva Braga.
De acordo com a denúncia, as vítimas André Luiz Rosa de Sousa e Leandro de Oliveira Moreno eram ex-integrantes da milícia chefiada por Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera, e estavam há cerca de dois meses atuando na milícia comandada por Zinho. No dia do crime, André e Leandro, que atuavam como técnicos responsáveis somente pela área da Comunidade Jesuítas, estavam executando serviços de instalação de TV a cabo clandestina (gatonet) fora da área determinada por Zinho. Sob o comando de Zinho, os denunciados Alan Ribeiro e Thiago Zarur efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas. Na ação, uma terceira vítima, que trabalhava como ajudante de pedreiro em uma casa próxima ao local dos fatos foi alvejada pelos disparos de arma de fogo, sendo posteriormente socorrida.
A denúncia descreve que os crimes de homicídio foram praticados com recurso que dificultou a defesa das vítimas, haja vista que os disparos foram feitos com fuzil; com meio que resultou em perigo comum, uma vez que foi praticado em via pública com movimento de pessoas, no período da tarde; e praticados com emprego de arma de fogo de uso restrito. Os crimes de homicídio foram praticados por milícia privada sob o pretexto de prestação de serviço de segurança e em atividade de grupo de extermínio.