Micro e pequenas empresas apostam no digital contra a crise

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SUL FLUMINENSE

Diante da impossibilidade de manter o negócio em pleno funcionamento durante a pandemia, muitos empreendedores resolveram apostar no digital para continuar relevante no mercado. Para entender como o Estado do Rio de Janeiro estava se comportando, entre os dias 30 de abril e 5 de maio, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (Sebrae Rio) ouviu 845 empresários fluminenses e constatou que apenas 28% das empresas conseguem funcionar digitalmente, enquanto a maioria – 53,6% – só podem realizar a sua atividade de forma presencial. Para alcançar o público, 27,4% das micro e pequenas empresas (MPEs) pesquisadas resolveram aderir ao modelo de vendas online para impulsionar a marca e fortalecer a empresa nas redes sociais. Esse é o resultado da terceira edição da pesquisa “Impacto do coronavírus nos pequenos negócios do Rio de Janeiro”.

A pesquisa analisou a situação das MPEs voltadas para o comércio, serviços, indústria, construção civil e agropecuária. O levantamento mostra ainda que 53,9% das empresas entrevistadas interromperam temporariamente o seu funcionamento. Já 35,9% das empresas precisaram se adaptar com novas estratégias de funcionamento e apenas 5,3% não alteraram suas ações. Nesse período, 4,8% das empresas decidiram fechar o seu negócio. A pesquisa aponta que 88,9% das empresas perceberam queda no seu faturamento, sendo que apenas 1,3% registraram aumento no seu rendimento.

CRÉDITO

Levando em conta a situação, o estudo apontou que o empresariado acredita que a economia vai ser retomada em 10 meses. A pesquisa do Sebrae mostra uma crescente na busca por crédito. Em comparação com a pesquisa anterior, o número de empresários que procuraram crédito aumentou de 30,5% para 39,1%. Desses que tentaram apenas 6,4% conseguiram empréstimo, 20,5% aguardam resposta e 73,1% não conseguiram empréstimo.

Mesmo diante do cenário de incertezas provocado pela crise do novo coronavírus, a maioria dos empresários fluminenses (60,9%) resolveram não buscar crédito. Na edição passada da pesquisa, 69,6% dos empresários entrevistados optaram por não utilizar esse recurso financeiro.

 

 

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